O cansaço ou a fadiga crónica podem indicar que se estão a produzir carências de certos nutrientes, que é conveniente compensar. Tal compensação pode ser feita através da toma de suplementos minerovitamínicos.

O ritmo de vida atual, cada vez mais stressante, juntamente com uma alimentação pouco equilibrada, na qual se descuidam os nutrientes essenciais, conduzem irremediavelmente a uma falta de energia e à sensação de fadiga, irritabilidade e fraqueza muscular.

Este cansaço generalizado costuma indicar que se estão a produzir carências, as quais é necessário compensar. Com efeito, nas últimas décadas, inclusive nos países mais desenvolvidos, têm-se manifestado deficiências de algumas vitaminas e minerais: principalmente das vitaminas A, D e do grupo B – designadamente ácido fólico –, ferro, zinco, selénio e magnésio. A tudo isto, há que somar a presença na nossa alimentação da chamada “fast food”, bem como de pré-cozinhados e alimentos cada vez mais processados.

Compensar as carências

Para evitar estas carências, cada vez mais pessoas recorrem aos suplementos nutricionais. Estes são preparados, disponíveis em farmácias e lojas de dietética, que fornecem vitaminas, minerais, antioxidantes, ácidos gordos e outros nutrientes, todos eles necessários ao organismo humano.

Ainda que o mais recomendável seja adquiri-los através dos alimentos, em determinadas situações ou, simplesmente, quando ocorre um aumento de atividade física ou intelectual, os suplementos podem ajudar a solucionar algumas carências.

O problema é quando se recorre ao seu uso indiscriminado, para compensar dietas pouco equilibradas, pois o abuso de algumas vitaminas pode dificultar a absorção de outros nutrientes.

Portanto, o objetivo não deve ser o de tomar grandes quantidades de suplementos, mas sim incorporar os mais adequados às necessidades de cada pessoa.

QUEM NECESSITA DE SUPLEMENTOS?

Os suplementos dietéticos servem de complemento da dieta, quando a ingestão de alimentos naturais é insuficiente para cobrir as necessidades nutricionais, principalmente em casos de atividade física intensa, tratamentos prolongados com fármacos, dietas desequilibradas ou vegetarianas, gravidez e aleitamento.

  • O stress e a fadiga são as principais causas que levam a tomar um suplemento nutricional. Nestas situações, é especialmente necessária uma maior quantidade de vitaminas C, E e do complexo B e zinco.
  • Dietas de emagrecimento muito rigorosas ou pouco equilibradas podem derivar em desequilíbrios nutricionais importantes. Com efeito, as dietas com menos de 1000 Kcal consideram-se energeticamente muito pobres e levam a situações de carência e de défice vitamínico. Por isso, há que ter em conta que todas as dietas hipocalóricas devem ser personalizadas e prescritas por um especialista.
  • Dietas vegetarianas, que restringem completamente os alimentos de origem animal, podem estar associadas a uma carência de vitamina B12 – o défice desta vitamina produz perturbações como a anemia perniciosa e doenças do sistema nervoso. Por este motivo, as pessoas que praticam dietas vegetarianas devem tomar a precaução de controlar o nível desta vitamina, adicionando um suplemento, sempre que necessário. O ferro é um mineral que também deve ser controlado neste tipo de dieta.
  • Dietas pobres em alimentos naturais, como são as dietas que incluem poucas frutas e verduras frescas ou que estejam baseadas em comidas rápidas ou pré-cozinhadas, também serão deficitárias em vitaminas e minerais.
  • Fumadores. Nestes, a vitamina C não é totalmente assimilada, em consequência das substâncias presentes no tabaco. Por esta razão, os fumadores necessitam de um maior fornecimento daquela vitamina, bem como de vitamina A e E, devido ao importante efeito antioxidante.
  • Gravidez e aleitamento. Nestas situações, aumentam as necessidades das vitaminas do grupo B, especialmente ácido fólico, assim como de magnésio, ferro e cálcio.
  • Nas fases de crescimento, são maiores as necessidades de vitaminas A, C, D e do complexo B, bem como de cálcio, magnésio e ferro.
  • A toma da pílula contracetiva reflete-se na disponibilidade de certas vitaminas – vitamina B6, folatos, vitamina C, zinco e magnésio – e, portanto, as respetivas necessidades aumentam.

Leia o artigo completo na edição de março 2024 (nº 347)