Entre os muitos preparativos que se fazem antes de uma viagem de férias, há que não esquecer uma ida ao médico, sobretudo quando o destino é um país exótico. Afinal, a saúde é a melhor companheira de viagem.

 

O tempo é precioso também em férias. Por isso, qualquer contratempo relacionado com a saúde pode arruinar uma viagem tão ansiosamente aguardada. Antes de fechar a mala, vale a pena prever as soluções para os pequenos e grandes problemas que, com maior frequência, podem ensombrar as férias.

RISCOS PODEM SER MINIMIZADOS

As deslocações para destinos próximos não estão isentas de riscos, embora sejam as viagens longas e para destinos exóticos as mais propensas a episódios desagradáveis relacionados com a saúde.

Calcula-se que 30% dos portugueses viaja, pelo menos, uma vez por ano, para o estrangeiro. Destes, cerca de 20% desloca-se para regiões tropicais ou sub-tropicais, onde o risco é maior.

Em viagem, a pessoa contacta com novos ambientes, expondo-se a novos agentes transmissores de doenças, clima e altitudes distintas, que podem por em risco a sua saúde. No entanto, estes riscos podem ser minimizados se o viajante agir de forma preventiva.

A IMPORTÂNCIA DA CONSULTA

Antes de partir para fora da Europa, especialmente para países tropicais, a Organização Mundial de Saúde recomenda realizar uma Consulta de Medicina do Viajante.

Nesta consulta, poderá obter informações sobre os riscos de saúde e obter aconselhamento médico orientado para as atitudes e precauções a adotar antes, durante e mesmo após a viagem

O aconselhamento ao viajante, efetuado por médicos com competência na área, é determinado pelo destino e características específicas da viagem, assim como pelo perfil e estado de saúde do viajante (com avaliação individual dos riscos associados à viagem) e compreende:

  • Educação e aconselhamento sobre os riscos para a saúde relacionados com a viagem e as medidas e atitudes preventivas adequadas;
  • Revisão do estado de vacinação do viajante com recomendação e prescrição das vacinações indicadas para o destino em causa;
  • Informação sobre risco e prevenção da malária, assim como recomendação e prescrição de profilaxia para a malária, quando indicado;
  • Informação sobre risco e prevenção de doenças transmitidas pelo consumo de águas e alimentos contaminados, nomeadamente como atuar em caso de diarreia do viajante;
  • Informação sobre outras doenças endémicas ou surtos e sua prevenção geral ou específica, consoante indicado;
  • Recomendação e prescrição do estojo médico de acordo com as necessidades individuais do viajante;
  • Aconselhamento específico a viajantes com características especiais (crianças, grávidas, idosos) ou com doença crónica;
  • Aconselhamento sobre precauções e onde recorrer em caso de doença após a viagem.

A Consulta do Viajante deve ser realizada, de preferência, 4 a 8 semanas antes da data da partida, mas pode ser muito útil mesmo se realizada na véspera.

Leia o artigo completo na edição de julhos-agosto 2023 (nº 340)