O facto de esperar um bebé não equivale automaticamente a uma proibição de viajar de avião. No entanto, há alguns conselhos a ter em conta, no caso de decidir “levantar voo” enquanto está grávida.

 

Para os futuros bebés, a barriga da mãe é um bom lugar para fazer as primeiras viagens, antes de nascer. Mas atenção: há que tomar algumas precauções para não colocar em risco a saúde de ambos.

Especialistas traçaram uma listagem de procedimentos e conselhos a ter em conta, no caso de decidir viajar de avião enquanto está grávida.

MOMENTO

É fundamental, antes de viajar, saber o estado em que se encontra a gravidez. Em geral, o primeiro trimestre (antes da 12ª semana) e o último (depois da 32ª semana) são os piores momentos para viajar.

Normalmente, no início da gestação, o cansaço e os incómodos, como náuseas e vómitos, são mais frequentes e intensos; por sua vez, no final da gravidez, o cansaço físico e psíquico de uma viagem pode afetar a grávida, para além de que, nos últimos meses, o risco de parto prematuro pode aumentar no caso de se fazerem esforços.

Ainda assim, no caso de decidir viajar durante o último trimestre da gravidez, é aconselhável levar consigo todos os exames médicos de controlo gestacional: ecografias, relatórios, análises, etc.
Face ao exposto, o momento mais aconselhável para viajar de avião será o segundo trimestre (da 12ª à 32ª semana), devido ao facto de os incómodos serem menores e o tamanho da barriga ainda não ser suficientemente grande para não poder fazer passeios ou percursos turísticos, embora isso dependa sempre de cada mulher e das recomendações da sua ginecologista.

RELATÓRIO MÉDICO

Antes das 28 semanas, não é necessário levar relatório médico nem autorizações específicas, mas nunca será demais se o ginecologista escrever um relatório onde dê alguma indicação sobre a gravidez.

A partir do sétimo mês, é importante, no caso de pretender viajar de avião, informar-se previamente dos requisitos e limitações a que obrigam as companhias de aviação. O Manual Médico da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) recomenda não voar a partir da 36ª semana de gravidez (32ª, no caso de ser múltipla e sem complicações).

O DESTINO

Recomenda-se informação prévia sobre o sistema de saúde do país para o qual vai viajar e das infraestruturas hospitalares e médicas disponíveis. Convém também ter uma agenda de contactos, com os números de telefone mais importantes (hospitais, serviços de urgências, táxis, etc.), bem como o cartão da Segurança Social do país de origem e o Cartão de Saúde Europeu, no caso de viajar no espaço da União Europeia. O ideal é possuir um seguro médico de viagem que cubra despesas hospitalares, incluindo parto, cesariana, internamento e cuidados neonatais.
Não é recomendável viajar para lugares que estejam a mais de 3 mil metros de altitude, nem para zonas onde exista o risco de contrair doenças endémicas, como malária, febre-amarela, cólera, dengue, zika, entre diversas outras. Tão pouco deve viajar para países que obriguem a uma vacina prévia, que possa implicar um risco para a gravidez.
Os destinos de praia com águas tranquilas são os mais recomendados para as grávidas, pois além de convidar a longos passeios à beira-mar, a natação também é um desporto que as futuras mães podem e devem praticar.

Leia o artigo completo na edição de julhos-agosto 2023 (nº 340)