O Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos (MOG) tem em curso uma petição pública “Nenhuma mulher portuguesa com cancro do ovário deixada para trás”, com o objetivo de levar à discussão em plenário, na Assembleia da República, os constrangimentos que as mulheres portuguesas enfrentam no acesso à inovação terapêutica. A petição pode ser lida e assinada aqui. A MOG pretende entregar a petição no Parlamento antes do Dia Mundial do Cancro do Ovário, que se assinala a 8 de maio.

“Em pleno século XXI, não é aceitável que as mulheres portuguesas que enfrentam um cancro do ovário não tenham acesso aos mesmos cuidados e tecnologias de saúde que todas as outras mulheres que vivem no espaço europeu. No entanto, é isso que acontece. Apelamos a todos os portugueses que se juntem a nós nesta causa e nos ajudem a sensibilizar os órgãos de soberania para esta injustiça. Cada dia que passa, é um dia que faz a diferença em quem vive com esta doença”, defende Cláudia Fraga, presidente da MOG e sobrevivente de cancro do ovário. “Neste momento, há mulheres a morrer porque não têm acesso a um tratamento que está acessível noutros países da Europa e isso não é aceitável”, conclui Cláudia Fraga.

O cancro do ovário é o sétimo tipo de cancro mais comum entre as mulheres, com cerca de 314 mil novos casos por ano. É a quinta causa de morte por doença oncológica entre as mulheres, sendo o cancro ginecológico com maior taxa de mortalidade.