Desde o ano de 2000 que a Federação Mundial do Coração celebra o Dia Mundial do Coração no final de setembro, mais concretamente no dia 29. Esta iniciativa visa aumentar a consciencialização da população geral para as doenças cardiovasculares, para o seu conhecimento, a sua prevenção e o seu controlo, de forma a reduzir o respetivo impacto global. Por conseguinte, este tipo de eventos também procura mobilizar a vontade política e os recursos para a resolução dessas questões globais.

Artigo da responsabilidade do Dr. César Lourenço. Núcleo de Estudos de Insuficiência Cardíaca da SPMI – Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

 

Todos os anos, o Dia Mundial do Coração apresenta um lema, sendo que este ano é: “use o coração conheça o coração ”.

Esta campanha constitui-se como um alerta para todos cuidarem melhor da sua saúde cardiovascular e neste mote enfatiza-se que o primeiro passo é conhecer o nosso coração. Afinal, só podemos valorizar e proteger aquilo que conhecemos.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e em todo o mundo, no entanto, cerca de 80% dessas mortes prematuras poderão ser prevenidas com alterações do estilo de vida. Variáveis como a adoção de uma alimentação saudável, prática regular de atividade física, evicção do consumo de tabaco ou de álcool e o controlo de níveis de stress, são medidas de prevenção primária que podem fazer muito pelo nosso coração e pela nossa saúde em geral.

Há uma noção geral da população sobre a importância da patologia cardiovascular, contudo o nível de conhecimento sobre estas doenças e a perceção do seu impacto ainda não são os desejáveis, o que se traduz em dificuldade para a sua prevenção e controlo.

Um destes exemplos é o da insuficiência cardíaca, um problema de saúde pública em Portugal com uma prevalência crescente. Trata-se da primeira causa de internamento no nosso país em adultos com mais de 65 anos, mas é frequentemente desconhecida pela população.

Este desconhecimento faz com que, muitas vezes, só seja diagnosticada num primeiro episódio de urgência ou hospitalização, estendendo-se ao momento da alta onde mais de metade dos doentes e ou cuidadores ainda continuam sem informação suficiente sobre esta entidade. É necessária mais educação para a saúde, é urgente a partilha de informação.

Portanto, de forma geral, a literacia sobre a saúde ainda é deficitária e as políticas insuficientes, pelo que se pretende quebrar barreiras e transmitir o conhecimento que permita às pessoas assumir as rédeas do seu bem-estar. Porque quanto melhor conhecermos melhor podemos melhor cuidar.

 A simplicidade desta mensagem começa desde logo pela maneira propositada como são usados os emojis . A linguagem visual faz parte do nosso dia a dia e esta é, nos dias de hoje uma das mais populares formas de comunicação que pode captar a atenção de todos e transcender barreiras linguísticas.