Praticada desde há milhares de anos no oriente, a massagem shiatsu tem por objetivo equilibrar o organismo, relaxando o corpo e a mente.

A massagem na China é anterior à dinastia Ming. “Amma” é a palavra chinesa que designa massagem e o seu significado literal é “acalmar com as mãos”. A técnica chegou à Coreia e atingiu o Japão, onde se definiu aquilo que hoje se conhece como massagem shiatsu. Trata-se, afinal, de uma derivação da digitopuntura: pressionar com os dedos certos pontos do corpo.

A massagem shiatsu tem o seu fundamento teórico na energia vital Chi, que percorre o organismo humano através de meridianos – canais perfeitamente definidos. Existem 14 meridianos principais, cada um dos quais exerce um influxo sobre um determinado órgão e correspondente função.

Quando existe algum problema, é porque a energia está sobreativada ou bloqueada nalgum desses pontos. É, então, que o shiatsu atua para restabelecer o equilíbrio energético do corpo, fazendo com que se ativem os seus próprios mecanismos de defesa e de recuperação.

Também uma filosofia de vida

A massagem shiatsu é utilizada, fundamentalmente, no tratamento de perturbações como stress, enxaquecas, dores musculares no pescoço e costas, artrite, insónias, problemas digestivos e doenças ginecológicas.

Mas a força do shiatsu reside, sobretudo, na prevenção das doenças, mais do que no seu tratamento. Milhões de pessoas no Extremo Oriente confiam nos seus benefícios. No Japão, pilotos e assistentes de bordo têm a possibilidade de receber uma massagem shiatsu, mesmo no aeroporto, entre cada voo, sem custo algum.

De acordo com especialistas, a meditação, a dieta macrobiótica e o exercício físico são complementos que influenciam positivamente num tratamento à base de massagens.

Porém, os praticantes desta técnica proclamam-na como uma filosofia e um modo de vida, não apenas como uma massagem.

Pressão em pontos-chave

O fundamento do shiatsu reside na estimulação do fluxo de Chi. O massagista pressiona certos pontos-chave, durante três a cinco segundos, utilizando uma técnica de combinação de dedos – sobretudo, os polegares –, cotovelos, joelhos e inclusive pés, seguindo sempre um esquema rítmico. Os massagistas orientais não usam óleos – apenas a escola sueca utiliza óleos –, já que o shiatsu pode ser executado sobre a roupa.

O doente permanece estendido sobre um colchão fino durante a sessão. No primeiro tratamento, uma pessoa dificilmente imagina o que a espera. É impossível adormecer, como sucede noutros tipos de massagem, já que, nalguns momentos, pode sentir-se inclusive dores nos pontos onde a tensão está acumulada.

O profissional pressiona com firmeza alguns pontos do corpo e outros com suavidade. Algumas zonas são esfregadas energicamente. As mãos ondulam de ambos os lados da coluna vertebral; braços e pernas são dobrados e abanados. Ao terminar a sessão, o paciente sente-se física e mentalmente tranquilo e com grande energia.

Leia o artigo completo na edição de abril 2024 (nº 348)