Existem formas práticas de acordar para uma nova sexualidade. Tome nota dos nossos conselhos.

Se o sexo foi despromovido para segundo plano, chegou o momento de despertar para uma nova realidade. A energia sexual é a força mais potente que existe. Desperdiçá-la é erro, mas todos sabemos como é difícil contrariar a falta de tempo e de espaço para o sexo, por mais que os seus benefícios sejam conhecidos. Se o corpo desfruta em pleno da atividade sexual, a mente também deve fazê-lo. É que o sexo é 80% mental, pelo que chegou o momento de tomar medidas que resgatem a vontade e o prazer.

TEMPO PARA SI PRÓPRIA

Não podemos ir buscar aos outros aquilo que não temos dentro de nós. Interiorize esta máxima de vida, a qual assenta como uma luva à sexualidade. Temos que reservar 10 minutos ou meia hora todos os dias para estarmos connosco próprios, sem mais ninguém.

Para que a vida não se esvazie, é importante estarmos sozinhos, sem fazer nada, para não sentirmos que a vida são só obrigações dentro e fora de casa.

CONHECER O PRÓPRIO CORPO

É muito importante que a mulher se conheça fisicamente, que não tenha receio de se descobrir. Tanto a boca como a vagina são dela, pode mexer em ambas da mesma forma! A autodescoberta não pode ter limites. Para serem felizes, as pessoas devem respeitar, antes de mais, o próprio corpo e as suas próprias necessidades.

INVESTIR TEMPO PARA NAMORAR

Os sexólogos aconselham os casais a criarem o hábito de deixar os filhos com alguém, para que ambos possam partilhar momentos sozinhos. Isto porque o bem-estar conjugal aumenta a probabilidade do casal ficar em sintonia sexualmente.

Também há que cultivar a intimidade, com fugas à rotina que incluam jogos eróticos, massagens, escapadinhas de fim de semana, sexo tântrico…

MARQUE UMA HORINHA…

Marque na agenda uma hora para fazer amor, mas não guarde para depois de tudo. Os sexólogos garantem que o sexo assenta na memória e que é importante praticá-lo antes que o cansaço se apodere do corpo e da mente. Sexo depois do jantar ou dos afazeres domésticos é sexo cansado e secundário, além de ser uma recordação desagradável, que se vai refletir nas próximas vezes. Por que não de manhã, quando a testosterona no homens está no auge?…

CULTIVAR A INTIMIDADE

Quando o desejo feminino anda apagado, os homens não devem correr sempre atrás das suas parceiras. Pelo contrário, façam-se de desinteressados e finjam que não vos apetece…

Mais importante ainda: tenham gestos carinhosos fora de casa, em sítios onde não possam ter relações, para que a parceira não pense que as festas são sempre preliminares. Carinho e afetividade fora do contexto sexual são dois ingredientes fundamentais da relação, porque não podemos persistir na ideia de que sexo é apenas coito.

SER CRIATIVA A SEDUZIR

Algumas mulheres apresentam, frequentemente, a mesma queixa: «”sou invisível para o meu marido”. Segundos sexólogos, a dúvida abre o caminho ao desejo e basta, para isso, recorrer à psicologia invertida: experimente comprar uma lingerie muito sexy e o pousá-la em cima de uma cadeira, no quarto, sem nunca a vestir. Não demora até que o homem repare e se pergunte sobre o que é aquilo está ali a fazer… “Porque não a veste comigo?…”. Tudo em nome do “jogo da sedução”!

Um dos truques são os bilhetes com mensagens eróticas, que provocam o desejo e alimentam o ego da outra pessoa, influenciando a disposição para o sexo.

NÃO MENOSPREZAR O BEIJO

Nos nossos dias, ao contrário de outras épocas, as feromonas estão camufladas pelos perfumes e pelas pílulas, que alteram o nosso cheiro natural.

O segredo está em investir no beijo, porque o ato de beijar convoca os cinco sentidos. E a realidade é que muitos casais têm mais dificuldade em se beijarem durante longo tempo do que em manterem uma relação sexual com penetração.

SABER DIZER “NÃO”

Só quando expressamos vontades, frustrações e sentimentos conseguimos ser livres para o sexo. Não significa contar tudo à outra pessoa, mas é importante que haja liberdade para dizer o que se gosta e não gosta, o que nos dá mais prazer, pois só assim permitimos que haja gratificação.

A ideia romântica de que numa relação um adivinha os pensamentos do outro é errada e constitui um mito da conjugalidade. A expressividade, quer seja verbal ou comportamental, é determinante. Se não gosto de alguma coisa, tenho que o dizer. Não posso é aceitá-la, se é negativa para mim e se me impede de viver o sexo com prazer.