As plantas podem ajudar – e muito – a suportar os rigores do verão. Graças a elas, podemos aliviar o cansaço, o calor e a astenia estival. A fitoterapia oferece soluções frescas e muito saudáveis, para que o bom tempo não seja um sacrifício.

 

Com a chegada do calor, os nossos corpos enfrentam essas subidas das temperaturas que nos deixam sem forças para manter o ritmo do costume, que nos tornam mais vulneráveis a determinadas doenças e, inclusive, provocam quedas bruscas da tensão arterial. Para combater estes e outros sintomas, existem remédios eficazes no âmbito da fitoterapia.

Alcaçuz – A raiz-doce, regoliz ou alcaçuz constitui um bom remédio para baixar a temperatura corporal e evitar os golpes de calor e a desidratação nos dias muito quentes. Fervendo as raízes desta planta, podemos preparar a denominada água-de-alcaçuz, servida bem fria e com gelo, sendo excelente para tirar a sede e manter-nos frescos.

Menta – A infusão de menta bem fria é, igualmente, indicada para baixar a temperatura corporal e restaurar os líquidos perdidos com o calor. Além disso, com apenas uma colher de chá de folhas secas por copo de água, podem aproveitar-se as excelentes propriedades desta planta.

Ginseng – Também conhecido como ginseng siberiano, o Eleuterococus senticosus é tido como um dos tónicos estimulantes mais potentes que existem, sendo muito útil para recuperar a perda de energia motivada pelas mudanças bruscas de temperatura. Esta raiz tem sido muito apreciada, ao longo dos séculos, pelos habitantes das regiões frias do Norte da China e Sibéria, como remédio contra a fadiga.

O ginseng é um eficaz estimulante do sistema nervoso central. Está indicado para eliminar o stress ou qualquer sintoma de debilidade, fornecendo energia a indivíduos bloqueados pela astenia ou por processos depressivos. Resulta igualmente eficaz para combater o esgotamento físico e a sensação de fraqueza geral após vários dias ou semanas de trabalho intenso ou, ainda, após períodos alongados de convalescença. E é de grande utilidade para os desportistas: o seu efeito estimulante natural é superior ao do ginseng coreano.

Guaraná – Originário do Amazonas, o guaraná é um poderoso estimulante físico, psíquico, intelectual e sexual, que previne a fadiga, regulando melhor a produção de ácido láctico pelos músculos.

Nos últimos anos, o seu consumo tornou-se uma moda, como produto energizante em sumos e refrescos. Além disso, conta com propriedades antioxidantes, relaxantes dos músculos e diuréticas. Muitos destes efeitos devem-se à sua elevada percentagem de cafeína e à presença de saponinas.

Chá verde – Outro estimulante natural, o chá verde apresenta uma ação tonificante e excitante, para lutar contra a fadiga. No entanto, é necessário ter cuidado ao consumi-lo, pois pode provocar insónias. Para que o seu efeito excitante não seja tão acentuado, há que alongar o tempo de infusão, para que os taninos se possam difundir lentamente e assim diminuir a concentração de cafeína e teína.

Tomilho – Tomado em infusão, o tomilho constitui um importante tónico, estimulante das funções intelectuais. Também pode aplicar-se sob a forma de banhos, que proporcionam uma sensação de bem-estar, tonificando e revitalizando o organismo. Para tal, basta encher uma banheira de água morna e adicionar uma infusão concentrada com 25 gramas da dita planta.

Alecrim – Outra planta que possui efeitos estimulantes e tónicos é o alecrim ou rosmaninho. Este pode tomar-se sob a forma de extrato ou infusão. Porém, o respetivo consumo pode elevar a tensão arterial.

Aloé Vera – Consumida por via oral, a aloé vera é um excelente regulador, depurativo e tonificante geral dos órgãos e sistemas corporais. Resulta muito recomendável pelas suas propriedades imunoestimulantes, em casos de necessidade de um reforço das defesas naturais.

Um pequeno copo de sumo desta planta – que já se podem encontrar no mercado –, tomado diariamente, é a dose mais do que suficiente para tirar partido das suas excelentes qualidades.