Segundo um estudo publicado no Lancet Planetary Health[i], uma em cada seis mortes em todo o mundo deve-se à poluição atmosférica, mais concretamente, cerca de nove milhões de pessoas por ano, sendo que ¾ devem-se à má qualidade do ar.

De acordo com a mesma investigação, a má qualidade do ar que respiramos e da água que bebemos matam mais do que a malária, SIDA, tuberculose, drogas ou álcool. Adicionalmente, segundo um relatório da UNICEF[ii], cerca de uma em cada sete crianças do mundo (300 milhões) vive em regiões onde a poluição atmosférica é, pelo menos, seis vezes superior aos níveis internacionais recomendados, o que causa a morte de 600 mil crianças, com menos de cinco anos, todos os anos.

O Dia Mundial do Ambiente, que se assinala a 5 de junho, é o momento para voltar a recordar e sublinhar a relação entre a saúde do nosso planeta e a das pessoas que o habitam. Neste momento, a saúde humana está sob ameaça da poluição atmosférica, com doenças que passam de animais para humanos, as ameaças à segurança hídrica e as mudanças climáticas e naturais. Estas são questões globais com potencial para minar décadas de progresso, mas é possível agir para as combater[iii].

Assim, especialistas ambientais propõem um plano de ação composto por seis estratégias para melhorar a saúde do planeta:

  1. Combater à poluição atmosférica: as emissões de carbono impactam negativamente a saúde da população e estão associadas a doenças como a hipertensão, asma, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), bronquite e vários tipos de cancro. Há que estabelecer ambiciosos compromissos ambientais, incluindo a redução das emissões de carbono, do desperdício enviado para aterros sanitários e da utilização de água.
  2. Assegurar a qualidade e segurança dos recursos hídricos: as alterações climáticas e a perda de recursos naturais estão a exacerbar a crise da água destruindo zonas húmidas, aumentando a contaminação deste recurso, intensificando as inundações e prolongando as secas. É fundamental que as empresas façam uma definição ambiciosa e quantificável de objetivos para ajudar a melhorar a disponibilidade de água, a sua qualidade e a sua acessibilidade.
  3. Investir na proteção das florestas: dez milhões de hectares de floresta são cortados globalmente a cada ano, o que equivale a uma área aproximadamente do tamanho de Portugal a cada década. As florestas são os pulmões do planeta e fundamentais para combater as alterações climáticas e a perda de biodiversidade. São, também, vitais na salvaguarda da saúde humana, através da limpeza da água e do ar e a sua destruição aumenta o risco de pandemias. Para combater este flagelo, há que parar e reverter a desflorestação tropical e acelerar a ação climática.
  4. Fomentar a resiliência dos sistemas de saúde: os sistemas de saúde, em todo o mundo, estão hoje a enfrentar pressões sem precedentes resultantes das alterações climáticas. Tendo em conta as disparidades globais relativas à capacidade de responder a estes desafios, é necessário agir rapidamente para fomentar a resiliência nos sistemas de saúde e desenvolver parcerias para proporcionar cuidados onde eles são mais necessários.
  5. Aliviar o fardo das doenças provocadas pelas alterações climáticas: é necessário agir já para nos prepararmos para o aparecimento de novas doenças, bem como a expansão de doenças já existentes. Ao fazê-lo, estamos a prevenir futuras crises humanitárias e económicas, como a que vivemos devido à COVID-19.
  6. Promover o bem-estar físico e mental através do contacto com a natureza: o contacto com a natureza é fundamental para a promoção e manutenção da saúde física e mental e, para isso, há que trabalhar na proteção da biodiversidade nas regiões, procurando impactar de forma positiva a natureza e a saúde das pessoas e das comunidades .

De acordo com a Agência Europeia do Ambiente, a poluição do ar está associada à morte prematura de quase 6 mil pessoas em Portugal, sendo uma das principais ameaças ambientais para a saúde.

Fonte: GSK

A GSK é uma multinacional biofarmacêutica, que une ciência, talento e tecnologia para, juntos, vencer as doenças. Com uma história que começou há 300 anos , a GSK emprega mais de 130 pessoas em Portugal. A sua ambição é ser uma das empresas farmacêuticas mais inovadora, com melhor performance e de maior confiança do mundo. Para saber mais: www.gsk.pt

[i] https://www.thelancet.com/journals/lanplh/article/PIIS2542-5196(22)00090-0/fulltext
[ii] https://www.unicef.org/press-releases/pollution-300-million-children-breathing-toxic-air-unicef-report
[iii] https://www.gsk.com/media/7195/putting-health-at-the-centre-of-action-on-climate-and-nature.pdf