A atividade física é definida pela Organização Mundial de Saúde como todo o movimento realizado pelo sistema musculoesquelético que leva ao dispêndio de energia. Apresenta um papel fundamental na prevenção e tratamento de muitas doenças não transmissíveis, tais como a diabetes, patologias cardíacas, pulmonares, oncológicas, entre outras, e também no que diz respeito à funcionalidade, mobilidade, ansiedade e depressão.

Artigo da responsabilidade da fisioterapeuta Laura Almeida

 

Tem sido amplamente documentado os efeitos positivos da atividade física quer pelo seu papel na saúde física, e na promoção da saúde mental, representando uma atividade essencial ao equilíbrio físico e psicológico, relacionadas com a qualidade de vida, e envelhecimento saudável.

Um estudo recente, do qual sou coautora, publicado na revista Frontiers (ORIGINAL RESEARCH, article Front. Public Health, 01 November 2022, Sec. Public Mental Health Volume 10 – 2022), permitiu verificar os níveis de atividade física dos fisioterapeutas portugueses e a sua associação com a saúde mental em tempo de pandemia. Estes dados forma recolhidos através da aplicação de um questionário online no que se avaliou os níveis de atividade física, a saúde mental e o bem-estar dos indivíduos.

Obtivemos uma amostra que totalizou 286 inquiridos, dos quais 82% praticam atividade física, destes 45% apresenta níveis de atividade física moderados e 19% vigorosos. Ao analisar os resultados verificamos que os indivíduos que exibem níveis moderados e vigorosos de atividade física, apresentam melhor níveis de saúde mental, bem como melhor sensação de bem-estar.

A saúde mental e a inatividade física são dois desafios atuais para a saúde pública, nomeadamente pelos seus determinantes sociais e económicos, que se agravaram com a pandemia por COVID-19.

Desta forma será relevante a sociedade rever comportamentos, e através da prática de atividade física regular, seja possível reduzir a incidência de doença, e melhorar a saúde física e mental das populações.