A doença de Parkinson é a doença neurodegenerativa mais comum a seguir à doença de Alzheimer. Estima-se que afete entre 18 e 20 mil portugueses, em que 10% dos casos são detetados antes dos 50 anos. A abordagem ao senior com doença de Parkinson deve ser especialmente cuidadosa e individualizada. Equipas multidisciplinares capacitadas para lidar com esta doença, para que os seus sintomas e complicações sejam minimizados, ajudam a melhorar a qualidade de vida do idoso.
A 11 de abril assinala-se o Dia Mundial da Doença de Parkinson, uma data que tem por objetivo informar e consciencializar para esta doença, de modo a promover a procura de ajuda atempada e melhorar a qualidade de vida da pessoa e família.
É importante que o paciente tenha um diagnóstico preciso, para que os tratamentos adequados sejam iniciados o mais rapidamente possível.
Para além da medicação, o paciente com Doença de Parkinson deve manter um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de exercício físico. A fisioterapia também é extremamente benéfica para melhorar a força e a coordenação dos movimentos.
“Nos seniores com doença de Parkinson, a prevenção de quedas é particularmente importante, pois a sua ocorrência pode levar a lesões graves. Por isso, é importante que seja monitorado e acompanhado por equipas multidisciplinares, com profissionais de saúde capacitados para lidar com a doença. O acompanhamento deve incluir sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e terapia cognitiva, para além de outras atividades que possam ajudar a melhorar o equilíbrio e a força muscular”, explica André Rodrigues, médico coordenador das Residências Orpea em Portugal.
A disfagia, que é a dificuldade para engolir, também é um dos sintomas comuns entre os seniores com doença de Parkinson. A disfagia pode levar a desnutrição, pois o doente pode não conseguir consumir alimentos adequados para atender às suas necessidades nutricionais. Para além disso, a disfagia também pode levar à aspiração, o que pode causar pneumonia, bem como interferir na qualidade de vida, pois as pessoas com esta doença podem sentir-se desconfortáveis ou ansiosas em relação à alimentação. Neste caso, é importante que o paciente seja acompanhado por um profissional de saúde especialista, que poderá indicar os cuidados adequados para ajudar a melhorar a deglutição.
Os sintomas mais característicos desta patologia são motores, como tremores, rigidez, lentidão de movimentos e instabilidade postural, embora também se possam manifestar distúrbios cognitivos, distúrbios sensoriais ou do sono, disfagia ou obstipação.
“Nestes pacientes, é necessária uma abordagem terapêutica multidisciplinar e regular que permita um cuidado efetivo, focado em retardar a evolução da doença e manter a sua autonomia e qualidade de vida pelo maior tempo possível”, acrescenta André Rodrigues.