As pessoas que seguem os meus conselhos costumam dizer que aquilo que ensino é mais uma filosofia de vida do que um mero trajeto alimentar. Antes de tudo, é preciso assimilar a ideia de que não devemos fazer dieta e sim uma reeducação alimentar.
Afinal, de que se trata quando falamos de reeducação alimentar, em vez de regimes de emagrecimento ou dietas, uma terminologia errada, porque dieta é tudo aquilo que faz parte da nossa alimentação diária.
Em traços gerais, a reeducação alimentar implica aprender realmente a comer e fazer do comer bem e saudavelmente uma rotina que não exige esforço. Mas é também uma reeducação comportamental. É aprendermos a encarar a vida de forma saudável. Às vezes isso pode exigir alguma disciplina, para aprender a agarrar numa maçã mesmo quando temos ao nosso lado um prato de bolo de chocolate.
Mas esta reeducação não significa que não se possa cair em tentação, apenas quer dizer que sabemos cair em tentação de vez em quando, e não por sistema, e que em seguida sabemos voltar ao bom caminho de alimentação saudável.
PROMOÇÃO DA AUTOESTIMA
A maior terapêutica envolvida num plano de reeducação alimentar é a autoestima, é o aprendermos a gostar de nós, para que nos possamos tratar bem. Para que isso se torne palpável, normalmente uno ao plano alimentar programas de remodelação corporal. Quanto mais depressa as pessoas gostarem de olhar para si próprias e gostarem do que estão a ver, mais fácil se torna abraçarem sem resistência um estilo de vida saudável.
Esse é um dos motivos porque procuro ter na Clínica do Tempo as mais recentes inovações na área da saúde e da longevidade. Exemplo disto é o Check-Up Nutrigenético e Ortomolecular que permite identificar as características, necessidades e predisposições genéticas para determinadas patologias e desvios comportamentais.
E ainda as mais recentes tecnologias, desde o Biotime – para estimulação e tonificação muscular e redução de gordura corporal – ao Liposhaper, a primeira lipoaspiração não-invasiva que permite retirar gordura numa só sessão, sem cortes nem anestesias, nem quaisquer riscos para a saúde, de uma forma totalmente eficaz e não-invasiva.
A verdade é que se uma pessoa se consegue libertar rapidamente de uma característica corporal que a desgosta, como por exemplo os papos nas costas ou nas ancas, mais estimulada fica para manter a nova silhueta e seguir um estilo de vida saudável.
O QUE É COMER BEM?
De forma muito resumida, comer bem é escolher os alimentos que a terra nos oferece diretamente e consumi-los de forma inteligente e moderada. Ou seja, optar pelos alimentos vegetais como base da alimentação e preferir as proteínas derivadas dos produtos lácteos, dos ovos, do peixe e da carne branca.
A parte da inteligência e da moderação é aplicável à conjugação dos alimentos e à forma como são confecionados: devemos usar formas de cozinhar saudáveis, como os cozidos e grelhados sem gordura, ou com pouca gordura e sempre insaturada, ou seja, de origem vegetal; devemos usar os vegetais como a parte principal da refeição e a carne de aves ou o peixe como acompanhamento. Normalmente as pessoas costumam fazer o contrário, usam os vegetais como acompanhamento.
As refeições devem ser leves, e é preferível comer várias vezes por dia do que fazer apenas uma refeição exagerada.
A CULPA É DO FACILITISMO
O mundo sofre de uma terrível epidemia chamada obesidade, porque é aparentemente mais fácil comer mal do que comer bem. Digo aparentemente, porque na realidade custa a mesma coisa, tanto em termos de tempo como financeiros, comer bem como comer mal. Por outro lado, a informação também talvez chega a cada vez mais pessoas e mais cedo, mas apenas aparentemente. As cantinas das escolas continuam a ter uma alimentação fraca, não há planos de educação alimentar, e os grandes anúncios que passam nos órgãos de comunicação não são nem de cariz educativo nem de alimentos saudáveis.
Aprendem-se mais depressa os maus hábitos do que os bons, e isto acontece desde sempre. Por outro lado, o paladar educa-se, e os pais continuam a ser os grandes responsáveis pelo mau regime alimentar dos filhos.
Resumindo, é uma aparente fórmula de facilitismo que leva as pessoas a consumir alimentos tipo fast-food, tanto em casa como na rua, muitas vezes com a desculpa da falta de tempo e do cansaço. Mas é preciso recordar que até já há saladas preparadas e prontas a consumir, que só é preciso pôr no prato e temperar com azeite e vinagre. Isso é até mais rápido do que encomendar uma pizza.
E recordemos também que somos um corpo físico, que depende da alimentação para funcionar bem e manter-se saudável. O nosso cérebro e as nossas emoções também sofrem quando nos alimentamos mal, porque todo o nosso organismo entra em desequilíbrio.
Artigo publicado na Edição de janeiro 2016 (nº 257)
Dr. Humberto Barbosa, Especialista em Nutrição e Longevidade;
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