Embora não seja a solução para todas as doenças musculoesqueléticas, a osteopatia é uma ferramenta valiosa, que oferece bons resultados no tratamento de inúmeros problemas da coluna vertebral, entre eles, as lombalgias. Além disso, quando praticada por terapeutas com formação adequada (condição obrigatória), a osteopatia é totalmente segura.

 

A Osteopatia, terapia há muito reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, tem a solução para o que dizem as estatísticas dos problemas de saúde dos portugueses: as dores de costas são, no nosso país, uma das primeiras causas de consulta médica, de absentismo laboral, de baixa médica e de reforma antecipada.

Se é no corpo que se cria a doença, é também nele que reside a cura. Para os especialistas em Osteopatia, o corpo fala connosco, diz onde reside o problema, para além da dor, basta saber interpretar. Esta é a função do osteopata, interpretar a linguagem do corpo, principalmente através do seu sistema de sustentação – músculos e esqueleto.

Ou seja, a função do osteopata não se resume a “encaixar o que se desencaixou”: a Osteopatia centra-se no músculo e no esqueleto, mas através deste sistema, o corpo é visto como um todo, numa abordagem global, em que está tudo relacionado. Por exemplo, as queixas de dores nas costas podem ter razões muito para além de um mau colchão, de uma má posição quando sentado ao computador ou de esforço mal gerido. Existem queixas de dores nas costas que têm a ver com problemas orgânicos e não propriamente esqueléticos, como uma cólica renal, por exemplo, que se manifesta exatamente com uma dor aguda nas costas.

SEM EFEITOS SECUNDÁRIOS

Refira-se que as técnicas osteopáticas são bastantes eficazes e não apresentam efeitos secundários. Estas técnicas são importantes para o equilíbrio postural e minimizam as síndromas dolorosas do corpo humano, tais como:

  • dores da coluna vertebral: torcicolos, cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, desequilíbrios da bacia, hérnias discais, etc.;
  • dores dos membros superiores: nevralgias, cervicobraquialgias, periartrites escapulo-umerais, parestesias, cotovelo de tenista, lesões por esforços repetitivos;
  • dores dos membros inferiores: ciáticas, cruralgias, tendinites, entorse, etc.).

O tratamento osteopático, diferente de qualquer outra terapia, é menos agressivo e melhor tolerado, visando melhorar a qualidade de vida, dele decorrendo os seguintes benefícios:

  • aplica-se em qualquer idade;
  • melhora a postura;
  • retarda os sintomas de desgaste articular;
  • elimina a dor nos problemas musculoesqueléticos de origem mecânica;
  • melhora a mobilidade articular;
  • estimula a força e a flexibilidade.

Como qualquer outra terapia, a Osteopatia também tem contraindicações, tais como: tumores, quadros articulares agudos, como artrite reumatoide, lúpus, espondilite anquilosante, artropatias traumáticas recentes, anquilose, insuficiências circulatórias localizadas, síndroma vertebrobasilar, hérnia discal extrusada e estados  infecciosos.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2021 (nº 319)