A propósito do Dia Mundial da Incontinência Urinária, celebrado a 14 de março, e da Semana Mundial da Incontinência Urinária, assinalada de 11 a 15 de março, a iniciativa “Na Bexiga Mando Eu” alerta para a importância de um diagnóstico atempado na bexiga hiperativa, uma das formas mais comuns de incontinência urinária.  

Estima-se que, na Europa, cerca de 17 % dos adultos acima dos 40 anos de idade possam sofrer de incontinência urinária. Em Portugal, 1 em cada 5 portugueses acima dos 40 anos sofrem de incontinência urinária, sendo que entre os 45 e os 65 anos a proporção de casos de incontinência urinária é de 3 mulheres para cada homem.

A bexiga hiperativa define-se por um conjunto de sintomas que têm início num distúrbio do armazenamento de urina da bexiga. O músculo detrusor da bexiga contrai-se mesmo quando não contém um volume considerável de urina e como resultado a bexiga recebe a mensagem de que está cheia, quando na realidade não está. Consequentemente, surgem os sintomas da bexiga hiperativa, que incluem a necessidade urgente e frequente de urinar, a noctúria – acordar uma ou mais vezes durante a noite para urinar – e a incontinência urinária.

Outros fatores, como infeções do trato urinário, obstipação, quantidades excessivas de cafeína e bebidas alcoólicas, podem contribuir para os sintomas de bexiga hiperativa. Pessoas que tenham sofrido um AVC ou com distúrbios neurológicos como Parkinson e esclerose múltipla têm mais propensão para desenvolver esta síndrome.

A plataforma ‘Na Bexiga Mando Eu’ visa clarificar preconceitos, disponibilizar informação sobre os sintomas desta síndrome, partilhar dicas de prevenção e tratamento, e sugere a adoção de alguns comportamentos que podem melhorar a vida de quem vive com esta síndrome. Quem sofre de incontinência urinária encontra nesta plataforma um apoio para que se sinta esclarecido e acompanhado nesta jornada.

Existem alguns comportamentos que podem ser adotados para controlar ou aliviar os sintomas da bexiga hiperativa. Mudanças no estilo de vida, como por exemplo na alimentação, a realização de exercícios localizados para fortalecimento do pavimento pélvico e treino da bexiga são algumas das recomendações para melhorar a qualidade de vida. Em alguns casos, a ajuda de medicação pode ser fundamental para controlar e aliviar os sintomas.

A bexiga hiperativa é um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, independentemente do sexo ou da idade. Importa reconhecer sintomas para agir atempadamente e realizar um tratamento adequado.