A primeira edição dos Wellbeing Games em Portugal foi recentemente apresentada, com a presença dos atletas olímpicos Marco Fortes, Sara Carmo e Filipa Cavalleri. Os jogos serão realizados no dia 2 de junho, no Estádio Universitário, em Lisboa, com a presença estimada de 100 empresas e 2000 colaboradores e têm como objetivo estimular uma cultura empresarial assente em valores como cooperação, trabalho de equipa, empatia, sentimento de pertença, superação e forte responsabilidade social.
As inscrições decorrem até 19 de maio e poderão ser realizadas no site e redes sociais dos Wellbeing Games.
O objetivo da organização é estimular a felicidade organizacional e criar laços emocionais entre colaboradores e empresas, através de atividades de superação, diversão e teambuilding. A iniciativa vai contribuir para a Associação Romã Azul, através da recolha de bens no dia do evento, revertendo uma percentagem do valor de entrada de cada participante.
O programa previsto está dividido em três áreas: a desportiva, com modalidades como o futebol, basquetebol, corrida, caminhada, voleibol e padel; área wellness, com masterclasses de yoga e mindfulness e workshops de bem-estar; e área de “jogos sem fronteiras”, com jogos menos convencionais e mais estimulantes de cooperação entre equipas. Haverá ainda zonas de descanso e networking.
No decorrer da sessão de apresentação, que contou também com Marisia Giorgi, chief people officer da Jerónimo Martins, José Esfola, diretor da Xerox Portugal e Susana Miranda, fundadora da SM Group, com o tema “Vestir a camisola pela empresa: Do bem-estar ao engagement dos colaboradores”, o presidente da Associação de Atletas Olímpicos de Portugal, Luís Alves Monteiro, igualmente presente, referiu a importância da atividade física para o bem-estar, não só físico, como também mental dos colaboradores, tendo partilhado alguns dados: “A atividade física é um problema e é uma oportunidade. O nível de atividade física na Europa está entre os 40 e os 50%, é uma percentagem muito baixa, pelo que a oportunidade é enorme, até porque Portugal está na cauda da Europa nestes números.”
“O desporto é um meio para atingir uma sociedade mais inclusiva, solidária, tolerante e com mais saúde física e, de facto, os atletas adquirem características fundamentais para terem sucesso a nível profissional”, conclui.
Já Marisia Georgi reforçou a componente emocional: “Aliado ao exercício físico, ao nível da componente mais emocional, há também que trabalhar a saúde mental e não é de agora. Contudo, já houve uma alteração, pelo que faz todo o sentido haver apoio psicológico. Neste momento, as pessoas já não têm vergonha de dizer ‘eu preciso de ajuda’”.
Numa sessão marcada pela descontração, com várias iniciativas como fazer um batido ao pedalar numa bicicleta fixa, uma sessão de yoga ou um confronto com cotonetes insufláveis, os ex-atletas olímpicos Marcos Fortes, Sara Carmo e Filipa Cavalleri puderam dar o seu ponto de vista relativamente à importância deste projeto.
Sara Carmo sublinhou a importância do desporto para a formação de capacidades que são necessárias no mercado de trabalho: “Os vários anos que passamos a praticar desporto dão-nos uma energia extra e capacidade de foco que agora canalizamos para a atividade que desenvolvemos. Ainda assim, após a carreira de atleta, acabamos por sentir alguma marginalidade ao tentar entrar no mercado de trabalho, pois estamos a concorrer com outra idade e não temos a experiência que as empresas procuram em alguém da nossa faixa etária. Contudo, todos os skills enquanto atleta, ajudaram-me a ‘apanhar a carruagem’ e, hoje em dia, sinto-me integrada. Penso que o tempo que despendi no desporto está, agora, a ser uma mais-valia para os desafios que me são colocados”.
Já Filipa Cavalleri acredita que “os anos passados no desporto fazem parte de um processo a longo prazo e que o mesmo se pode aplicar no mundo empresarial”. Para a judoca “mais cedo ou mais tarde, será possível acompanhar os desafios no mercado de trabalho e até superá-los”.
Também Marco Fortes tocou num ponto fulcral para o bom funcionamento de uma empresa, fazendo uma comparação com um atleta olímpico: “O atleta não está sozinho, tem toda uma equipa por trás. Temos treinador, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, entre outros para se concretizar os objetivos, acredito que o mesmo se aplica no mundo empresarial e é aqui que esta ideia dos Wellbeing Games faz todo o sentido para promover engagement entre colaboradores e empresa, pois é necessário o esforço de uma equipa para levar a mesma a bom porto.”
O objetivo dos Wellbeing Games é funcionar como uma valorização de locais de trabalho saudáveis e promotores de bem-estar, neste sentido, Tiago Santos, CEO da Workwell e promotor da iniciativa, refere que “estes momentos irão elevar as empresas que participarem a um novo patamar, tendo em conta o engagement esperado por parte dos colaboradores das mesmas”.
“Este é um movimento que pretende agregar as pessoas, pô-las em contacto com o seu bem-estar e oferece aqui a oportunidade única de participação em atividades de cariz individual, de grupo, em formato competitivo, de lazer e de relaxamento”, finalizou.
A primeira edição dos Wellbeing Games é organizada pela Workwell, especialista na implementação de programas e bem-estar nas organizações, e tem o apoio oficial do Instituto Português do Desporto e da Juventude, Fundação do Desporto e Associação de Atletas Olímpicos, para além da EDP, Xerox, Nestlé, Novo Nordisk, Sport TV e Decathlon.
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