O 3.º Congresso Mundial de Yoga e Medicina Ayurveda vai decorrer, de 3 a 5 de março, em formato online e presencial, na Universidade de Lisboa. A organização está a cargo do World Movement for Yoga and Ayurveda, em colaboração com a Associação Portuguesa de Medicina Ayurveda, o Centro de Estudos Indianos, a Universidade de Lisboa e a Faculdade de Letras.

São dois sistemas milenares originários da Índia: o Yoga, Património Imaterial da Humanidade, prática de posturas físicas, exercícios respiratórios, meditação e outras técnicas contemplativas com cada vez mais adeptos no Ocidente; e o Ayurveda, medicina complementar e integrativa também crescente, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Ciências védicas irmãs, vão ser alvo de reflexão na Universidade de Lisboa, entre esta sexta-feira (3 de março) e domingo (dia 5).

“Optou-se por fazer este congresso mundial em Portugal com vista a promover o reconhecimento quer do Yoga quer do Ayurveda no nosso país”, afirma Joaquim Jorge, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Ayurveda (AMAYUR) e vice-presidente do World Mouvement Mouvement for Yoga and Ayurveda (WMYA) – entidades que, em conjunto com a Universidade de Lisboa, a Faculdade de Letras e o Centro de Estudos Indianos, organizam o evento.

Yoga e Ayurveda carecem de regulamentação em Portugal

As profissões ligadas à prática e ao ensino do Yoga e da medicina Ayurveda carecem ainda de regulamentação em Portugal, encontrando-se em análise na Assembleia da República propostas para o enquadramento legal dos profissionais e das atividades do Yoga, e estando a decorrer uma petição pública para regulamentação da profissão e do ensino do Ayurveda, que já conta com quase 1300 assinaturas.

“O Ayurveda tem crescido exponencialmente no mundo nos últimos 20 anos, e penso que o futuro passa mesmo pela conjugação desta e outras medicinas complementares com a medicina ocidental moderna”, considera o responsável da AMAYUR e WMYA. “Os sistemas nacionais de Saúde já não conseguem suportar os custos inerentes à medicina convencional, porque há cada vez mais doentes e, por outro lado, os medicamentos desenvolvidos em laboratório com frequência deixam as pessoas dependentes de químicos, acabando por desenvolver mais doenças. Devíamos voltar um pouco atrás e preservar e incentivar conhecimentos ancestrais, uma medicina mais natural e holística, focada na prevenção e na manutenção da saúde”, sustenta Joaquim Jorge.

Quase 60 oradores em três dias

O 3.º Congresso Mundial de Yoga e Ayurveda conta com 57 palestrantes, especialistas nacionais e estrangeiros, prevendo-se cerca de 300 participantes.

Na sexta-feira, estão previstos discursos de responsáveis das entidades organizadoras do congresso, bem como das instituições apoiantes – All-Party Parliamentary Group on Indian Traditional Sciences, Embaixada da Índia em Lisboa, International Academy of Ayurveda e Federação Portuguesa de Yoga  – e de outros representantes, também governamentais. No fim de semana, têm lugar palestras e workshops, a decorrer simultaneamente em três salas.

O programa do Congresso e inscrições estão disponíveis no site wmya3rdworldcongress.amayur.pt