A osteoporose é uma condição patológica crónica associada à incidência de quedas e perda de autonomia funcional. Um estilo de vida que envolva a prática regular de exercício físico revela-se uma das melhores formas de prevenção. Venha descobrir quais os exercícios mais adequados para praticar no ginásio, para o combate à osteoporose!

 

Pela Profª Rita Franco

Licenciada em Ciências do Desporto e Educação Física pela Faculdade de Coimbra e em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde de Aveiro. Exerce funções no Holmes Place Arrábida como fisioterapeuta, personal trainer, instrutora de Pilates e Body Balance. Trabalha também como formadora na Holmes Place Training Academy, no âmbito do Pilates, Personal Training Foundation Course, Plataformas Vibratórias e Ginástica Abdominal Hipopressiva.

 

 

A osteoporose é definida como uma doença esquelética generalizada do tecido ósseo, caracterizada por diminuição da densidade mineral e alterações na arquitetura dos ossos, predispondo os portadores a fraturas. Uma queda, uma pancada ou até a ação de se levantar de uma cadeira, em portadores de osteoporose em grau mais avançado, pode provocar fraturas em um ou mais ossos. Devido à ausência de sintomas, as pessoas podem perder massa óssea durante anos (osteopenia), mas só perceberem da existência da doença na ocorrência de episódios mórbidos mais graves. Por este motivo, alguns autores e associações médicas designam-na como “doença silenciosa”.

Esta condição é mais frequente em mulheres depois da menopausa e em idosos após os 65 anos.

PROGRESSÃO DA OSTEOPOROSE

A densidade mineral óssea (DMO) aumenta durante o crescimento e

mantém-se constante até aos 20 anos. Na altura da menopausa, a mulher perde cerca de 2% ao ano, durante aproximadamente 5 a 10 anos. Até aos 75 anos, perde-se cerca de 10% de massa óssea por década e, depois, a perda abranda para 3 por cento.

Embora as perdas verificadas no homem sejam semelhantes às da mulher, normalmente não são tão problemáticas, pois os homens possuem ossos maiores e com mais mineral.

O diagnóstico da osteoporose tem por base a medição da DMO através da densitometria óssea. Para além da DMO, determinam-se dois índices, expressos em desvios-padrão:

  • O índice T: compara o valor medido com o pico de massa óssea;
  • O índice Z: compara com população da mesma idade, sexo e raça. 

    PAPEL DO EXERCÍCIO

    A atividade física tem um papel fundamental na massa óssea. Embora qualquer tipo de exercício físico seja benéfico, os exercícios com impacto têm maior ação ao nível da massa óssea. No entanto, a realização de exercícios de alto impacto deve ser evitada, se já existir osteoporose! E devem evitar-se esforços que possam provocar fraturas, principalmente vertebrais.

    Para além dos efeitos na massa óssea, a prática regular de exercício tem outros efeitos benéficos: força muscular, coordenação motora, equilíbrio, postura e flexibilidade.

    Estes benefícios são fundamentais para a redução do risco de quedas nas idades mais avançadas.

    Leia o artigo completo na edição de outubro 2019 (nº 298)