A série da Netflix ocupa-lhe mais tempo que os capítulos da sua vida sexual? Faz chantagem com o sexo ou, frequentemente, finge o orgasmo para “despachar o assunto”? É verdade que nem sempre temos disposição para o sexo, mas passar-lhe ao lado, dias e semanas a fio, exige que tome medidas. Enumeramos, um por um, os grandes “serial killers” da libido.
No início de uma relação, tudo é entusiasmante, excitante, literalmente de tirar o fôlego… Mas passam os tempos, passam as vontades. Por uma série de razões, acaba por tornar-se mais atrativo passar a noite em frente à TV do que protagonizar uma cena a dois entre quatro paredes.
Desde quando é que as desculpas para fugir ao sexo são mais imaginativas do que as próprias fantasias sexuais? Desde que os homicidas da paixão se instalaram de malas e bagagens no quotidiano. E é por isso que vamos desmacará-los a todos.
Killer n.º 1: TV NO QUARTO
Abraçadinhos a ver um bom filme parece um programa infalível, certo? Não, se for no quarto. Ver televisão é uma atividade que se faz ombro com ombro, não cara com cara – e este é o problema. Sem dar por isso, você fica mais entusiasmada com o protagonista “bad boy” do que com o homem que dorme a seu lado. Não acredita? Um estudo italiano concluiu que os casais que têm televisão no quarto têm metade das relações sexuais que os outros.
Quando trazemos o resto do mundo para dentro da esfera íntima acabamos por nos distrairmos da afetividade sexual. O sexo transforma-se, com o passar do tempo, no grande prisioneiro dos filhos, do trabalho, da rotina. Por tal, é mais do que imperativo libertá-lo de constrangimentos e protegê-lo de forma consciente.
Killer n.º 2: CAMA CHEIA DE PELUCHES
O ursinho, o golfinho e o gatinho transformam a cama num ninho de abraços, não de paixão. Animais muito inocentes, mas que têm a terrível capacidade para deixar KO a mais marota das disposições.
Os peluches transmitem uma imagem de imaturidade e de alguém que ainda não despertou para o sexo. Também não é preciso cobrir as paredes de alto a baixo com um padrão “tigresse”, basta vesti-lo com cores e padrões que sejam sensuais e criem um atmosfera apelativa para ambos. O quarto pode e deve ter um toque feminino – afinal, trata-se também do seu refúgio – apenas precisa de um ambiente adulto e que ele ache sexy.
Killer n.º 3: FAZER XIXI AO PÉ DELE
“Que mal tem?”, está você a pensar. “Nunca me senti tão confortável ao pé de alguém”. Não é porque consegue fazê-lo que o deve fazer. O desleixo é um atentado ao desejo – as palavras rimam, mas não têm que andar juntas.
Deixar a porta da casa de banho aberta enquanto faz a depilação é outro exemplo clássico de como este tipo de intimidade pode não ser excitante.
E porque falamos do “à vontade” caseiro, é importante que não se esqueça de substituir o pijama de flanela por algo mais “caliente”, pelo menos nas noites em que se prevê alguma “ação”.
Quando não nos sentimos sexys, vestimos qualquer coisa para ir dormir, o que acaba, precisamente, por nos fazer sentir ainda menos sensuais.
Killer n.º 4: CHANTAGEM SEXUAL
Muitas mulheres recorrem ao sexo como uma arma poderosa da qual se servem para manipular o sexo oposto, principalmente quando querem castigar o parceiro de alguma forma. Um hábito péssimo que cria um perigoso desequilíbrio na relação, podendo dar aso a futuros ressentimentos.
Sempre que age como uma guardiã do sexo, toda-poderosa, está mais concentrada na punição do seu companheiro do que no seu próprio prazer enquanto mulher. Além do mais, a chantagem é um ato muito pouco justo, dentro e fora da circunstância sexual. Naqueles dias em que está pelos cabelos com algo que ele fez ou deixou de fazer, experimente anotar o motivo do aborrecimento num papel e discuta-o depois – e só depois – do sexo.
Killer n.º 5: FINGIR O ORGASMO
Um clássico que poucas mulheres admitem, mas a que muitas já recorreram. Está cansada, desmotivada e a tentação acaba por falar mais alto. É quase compreensível… só que o fingimento é desonesto.
Provavelmente, pensa que está a proteger o ego dele, mas na verdade está a esforçar-se o dobro do que se teria de esforçar se, simplesmente, fosse sincera. É mais importante preocupar-se com os seus próprios sentimentos e partilhá-los, porque camuflá-los não é uma atitude “excitante”. A solução é óbvia: faça o que for preciso para dar prazer a si mesma.
Nas alturas em que sentir que não consegue mesmo atingir o clímax, desabafe com ele e diga-lhe que não está a conseguir.
Killer n.º 6: INVOCAR EX-AMANTES
Sim, deve ser honesta, mas há limites para tudo. Mesmo que fale de experiências passadas para enaltecer as qualidades do seu atual companheiro, está na realidade a afetar o sensível ego masculino. Os homens também ficam inseguros e a maioria acaba por interrogar-se (“será que estou à altura?”).
Outro segredo masculino que deve saber: ele prefere pensar que é o maior garanhão à face da Terra e que mais nenhum homem conseguiria satisfazê-la da mesma forma.
E sejamos objetivas: sexo com um homem confiante é bem mais divertido. Mantenha-se concentrada nele que ele irá concentrar-se em si. Afinal, todas as pessoas precisam sentir-se especiais.
Killer n.º 7: TRATÁ-LO COMO UMA AMIGA
Tente lembrar-se da última vez que o arrastou consigo para ir às compras. Pois é, depois de experimentar tanta roupa e de lhe pedir a opinião sobre aqueles sapatos que a deixaram em êxtase, ainda tem vontade de o despir no quarto?
Ele é o seu melhor amigo, porém, não a melhor pessoa para a acompanhar nesta tarefa feminina. É importante reservar este tipo de atividade para as amigas, até para conservar intacto um certo sentido erótico de posse (do género, “este é o meu homem”).
Por outro lado, quando nos conectamos emocionalmente também com as amigas, torna-se mais simples apreciar uma capacidade que lhe pertence a ele: dar ao seu corpo e mente as sensações mais extasiantes do mundo.