SeaTheFuture é a primeira solução global de “crowdsaving” para a preservação do Oceano, um movimento pioneiro para acelerar a conservação e a restauração do Oceano de forma global e sustentada. A “start-up” tem como missão aproximar as pessoas de projetos com comprovado impacto na conservação do Oceano. Propondo um modelo que agrega e liga iniciativas em todo o mundo à sociedade civil, a entidades e empresas, a plataforma mobiliza-as para a viabilização financeira de cada projeto, com transparência, rastreabilidade e eficácia na gestão dos montantes angariados.

A aceleração das alterações climáticas de forma galopante está a comprometer a sustentabilidade do Planeta e da vida tal como a conhecemos. O Oceano, como maior sequestrador de carbono da atmosfera, é o nosso maior aliado nesta batalha. Apesar de ser o maior ecossistema do mundo, acolhendo, segundo a UNESCO Ocean Literacy, 94% das espécies existentes no Planeta, o desconhecimento sobre o Oceano prejudica a preservação da sua biodiversidade, alvo contínuo de inúmeras ameaças maioritariamente de origem humana.

A SeaTheFuture é um spin-off do Oceanário de Lisboa e surge da consciência de que agora é o tempo de agir e com o propósito de impulsionar ações concretas por parte da sociedade civil capazes de reverter a tendência atual e contribuir para um Oceano mais saudável, desafiando o paradigma tradicional da conservação ambiental.

Com um modelo inovador, a SeaTheFuture propõe trazer a eficiência, transparência e simplicidade no qual, através de uma plataforma online, pessoas, entidades e empresas podem apoiar e viabilizar financeiramente projetos de conservação de impacto, de forma simples e transparente. O objetivo é gerar um impacto global neste importante pilar da sobrevivência humana que está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentado com menor financiamento à escala global.

Através de uma narrativa de vanguarda, streaming multimédia e de uma experiência baseada em estudos científicos, a SeaTheFuture promove a transparência no processo desde a origem – doação – até ao destino – projeto de conservação – de cada contribuição. A start-up assume também o desafio de capacitar indivíduos, organizações e empresas a apoiarem campanhas e iniciativas específicas por ecossistemas mais saudáveis, através de doações ou aquisição de produtos sustentáveis, que assegurem o cumprimento desta missão.

Preenchendo uma lacuna na área da conservação, habitualmente formada por ONGs, Fundações e Academias, a SeaTheFuture assume que é uma empresa com fins lucrativos, apostada em construir e a consolidar a comunidade como movimento de apoio ao Oceano.

Representando uma inovação no modelo de doações, a plataforma promove o rastreio de todos os fundos angariados até ao seu destino final, garantindo a sua canalização para o propósito inicial e, assim, contribuindo para o reforço da confiança dos utilizadores e para a otimização dos recursos gerados. A SeaTheFuture, em estreita colaboração com os projetos que apoia, monitoriza e comunica a evolução das diferentes campanhas em curso, permitindo o acompanhamento dos resultados de todos os esforços de conservação.

A SeaTheFuture propõe uma estratégia inovadora de proximidade que assenta em pilares presentes, também eles, no ecossistema marinho como a sustentabilidade, a eficiência de processos, a transparência, a comunicação eficaz e a equilibrada gestão de recursos. Ao aproximar cidadãos, empresas e o mundo corporativo do nosso maior aliado na luta contra as alterações climáticas e a perda de biodiversidade marinha, este movimento tem como principal objetivo gerar um impacto transformador na conservação e, acima de tudo, acelerar o impacto num momento de emergência global.

Esta plataforma vem também colmatar algumas necessidades não financeiras dos projetos de conservação, uma vez que, ao produzir conteúdos sobre os projetos e a sua divulgação nas redes sociais e website, aumenta a visibilidade dos projetos e liberta as equipas destas tarefas que lhes consomem muito tempo e esforço.

Assunção Loureiro, Managing Director da SeaTheFuture, assinala que “a ambição do projeto é ser o maior movimento e fonte de financiamento de conservação do Oceano de particulares e iniciativa privada, ligando dois extremos até agora desconectados: os entusiastas do Oceano, e aqueles que no terreno tudo fazem pelas espécies e ecossistemas ameaçados, muitas vezes sob condições extremas e enfrentando enormes desafios, incluindo financeiros. Ao alavancar a tecnologia, a colaboração, a transparência e a partilha de conhecimento, acreditamos que este movimento pode inspirar ações em cadeia, fomentar a inovação e impulsionar resultados tangíveis na conservação do Oceano”.

Para cumprir os objetivos de rigor, transparência e eficiência, a integração de projetos na plataforma é feita depois da curadoria com base num exigente processo de seleção recentemente certificado. A conceção do processo contou com a participação de um membro da SSC da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e é composto por oito critérios que vão desde a capacitação das comunidades locais, até à melhoria das políticas, e a eficiência operacional, entre outros. Isto garante que todos os projetos apoiados pela SeaTheFuture cumprem normas rigorosas de eficácia e impacto, assegurando uma escolha informada dos utilizadores.

O modelo de negócio tem por base duas formas de angariação de fundos – os donativos diretos, em que 85% do montante é diretamente transferido para o projeto de conservação escolhido– e o Vestuário Ecológico que, para além de ser um manifesto “wearable” e uma forma diferente de divulgação do apoio ao Oceano, cumpre uma rigorosa avaliação do seu ciclo de vida, através de oito critérios incluindo a certificação, escala reduzida, comércio justoentre outros. Cerca de 10% do PVP dos produtos sustentáveis é enviado diretamente para os projetos de conservação escolhidos por quem compra o produto.

“Acreditamos que este modelo único funciona e que a conservação pode gerar recursos e autossustentar-se, em vez de apenas os consumir, como se de uma economia linear se tratasse. Como proposta global que somos, após Portugal, a aposta será em mercados europeus onde há maior predisposição e maturidade em matéria de sustentabilidade, onde há comportamentos de consumo mais responsáveis, uma cultura de filantropia mais transversal e também maior disponibilidade para agir.  O nosso objetivo é atingirmos o “break-even” antes de chegarmos aos 4 anos de operação”, reforça Assunção Loureiro.

A fase piloto já permitiu a integração de oito projetos espalhados por África, Ásia e América.

Um dos três primeiros projetos a integrar a SeaTheFuture – Programa Tatô, em S. Tomé e Príncipe – é liderado por uma ONG nacional, apesar de atuar fora do país. Para além das tartarugas marinhas, os golfinhos-corcunda, petréis, mangais, tubarões-baleia, raias e focas-monge são espécies e projetos que já podem ser apoiados através da plataforma.

A SeaTheFuture está numa procura ativa de projetos e desafia a candidatura espontânea de interessados de qualquer parte do mundo diretamente na plataforma. Com uma equipa multidisciplinar de 8 pessoas de três nacionalidades, composta por especialistas em conservação e biologia, em marketing, em produção de conteúdos multimédia, bem como criadores de produto e engenheiros, a SeaTheFuture trabalhou ativamente no último ano para o lançamento e operacionalização da plataforma https://seathefuture.eu/.

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