O novo ano letivo traz consigo novas oportunidades de aprendizagem para os mais novos, mas também alguns perigos para a saúde das suas costas. O peso excessivo das mochilas associado a más posturas e a hábitos de vida pouco saudáveis estão na base dos problemas de costas mais frequentes na população infantil e juvenil. A Campanha “Olhe Pelas Suas Costas” desafia-o a pesar as mochilas dos membros mais novos da família e a cuidar da saúde das suas costas.
Para participar no desafio, basta preencher a calculadora oficial da campanha (aqui) com o peso da criança e o peso da mochila. Depois, a campanha convida-o a partilhar nas redes sociais uma fotografia da mochila com o resultado obtido e a hashtag #EuControloOPesoDaMochila, identificando a página oficial de Instagram/Facebook (@campanhaolhepelassuascostas) da campanha.
“Com o regresso às aulas, é imperativo garantir que as crianças começam já a adotar hábitos saudáveis e benéficos para a saúde das suas costas, evitando problemas futuros”, afirma Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador nacional da Campanha “Olhe pelas Suas Costas”.
Transportar mochilas com mais de 10% do peso da criança é um dos comportamentos que mais prejudicam a saúde das costas dos mais novos, mas não só. A utilização de alças pouco ergonómicas e não ajustadas ou de mochilas sem acolchoamento e maiores do que as costas da criança são alguns cuidados a ter aquando da escolha da mochila.
Além disto, o peso deve ser distribuído de forma uniforme, sendo que os materiais mais pesados devem ser colocados junto ao corpo, de forma a evitar alterações de postura ( existência de vários compartimentos pode ajudar). “Os trolleys, por exemplo, podem ser úteis e ajudar a aliviar o peso nas costas, mas é preciso ter atenção à altura da pega. A criança não deve ficar curvada enquanto puxa a mochila”, alerta Bruno Santiago.
“O desafio #EuControloOPesoDaMochila surge também como forma de alertar os pais, que por vezes podem estar focados noutros comportamentos prejudiciais, para esta questão. É essencial começar a cuidar da saúde das nossas costas desde a infância, de forma a evitar consequências mais graves”, explica, rematando: “Sabe-se que as crianças que desenvolvem lombalgia em idade precoce estão mais propensas a sofrer de lombalgia crónica mais tarde”.
Comportamentos como a adoção de uma má postura na escola ou até ao estudar em casa, dois hábitos comuns de crianças e adolescentes, podem também originar distúrbios musculoesqueléticos.
A obesidade e o sedentarismo são prejudiciais para a saúde das costas, devendo ser contrariados desde a infância através do exercício físico, uma vez que é também nesta altura que podem surgir os primeiros sinais de alerta para doenças na coluna. Os hábitos de vida saudáveis devem, por isso, ser incutidos desde a infância, através da educação para a saúde, do controlo da alimentação e da promoção do exercício físico.
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