A tendência natural do organismo é de resistir a qualquer mudança brusca, quer seja para ganhar ou para perder peso. Manter o peso, depois de ter seguido um regime de emagrecimento, é a parte mais difícil de todos os tratamentos. Para contrariar esta tendência, há que selecionar a dieta mais adequada a cada caso particular.
Os hábitos dietéticos do ser humano foram, desde sempre, determinados pelos alimentos que encontrava ao seu alcance. Esta circunstância evidencia a enorme capacidade de adaptação do homem, quanto à satisfação das suas necessidades nutritivas.
Em épocas mais recentes, a estreita relação entre a nutrição e a alimentação tem vindo a despertar um interesse crescente por parte da população em geral, devido aos problemas que derivam de ambas as disciplinas. A isto é necessário acrescentar a importância que o homem concede, atualmente, ao conceito de estética, conceito este que variou radicalmente ao longo dos séculos.
Com o objetivo comum de assegurar uma vida longa, saudável e ajustada aos cânones de beleza de cada época, têm surgido numerosas e variadas dietas, cada uma delas com um fundamento mais ou menos científico.
“Dietas relâmpago” são as piores
Se se inicia uma dieta com o objetivo de emagrecer, é fundamental compreender que, salvo nos casos em que se deseja perder apenas um ou dois quilos, é irracional pretender fazer desaparecer, num abrir e fechar de olhos, algo que levou muito tempo a acumular-se. Tal como advertem os especialistas em Nutrição, as denominadas “dietas relâmpago” costumam ser inúteis, em vez de heroicas. Quase sempre, consistem na implementação, a todo o custo, de um regime muito restritivo e severo, durante um curto período de tempo, o que implica um esforço desproporcionado para o organismo. Os resultados desaparecem, quase sempre, com a mesma rapidez com que foram conseguidos.
O excesso de peso é consequência de dietas com um valor energético superior às necessidades da pessoa; isto é, quando as calorias ingeridas excedem o consumo de energia, as que sobram acumulam-se no organismo, sob a forma de gordura. Por definição, excesso de peso é um peso adicional ao que se considera normal para uma determinada estatura, idade e sexo.
Não há nada que não engorde!
Não existe alimento algum capaz de fazer emagrecer. Segundo os nutricionistas, os únicos alimentos que emagrecem são os que ficam no prato. Mas aqueles especialistas advertem, também, que o desejo exagerado de conseguir um corpo perfeito pode acarretar consequências negativas – nalguns casos, inclusivamente mortais –, se se optar por seguir um regime de emagrecimento sem vigilância médica.
Um facto demonstrado é que nem todas as pessoas acumulam peso com a mesma facilidade e que alguns obesos não comem mais do que outras pessoas que se mantêm magras e que partilham o mesmo tipo de atividade física. Os especialistas assinalam que esta diferença pode ser devida a uma menor capacidade termogénica, isto é, ao facto da produção de calor induzida pela ingestão de alimentos – o denominado efeito térmico ou termogénico – ser menor nos obesos. Desta forma, estas pessoas podem armazenar, sob a forma de gordura, a energia que não é transformada em calor. Pensa-se, por outro lado, que esta circunstância é determinada geneticamente.
A maioria dos especialistas concorda, no entanto, que o princípio fundamental das dietas de emagrecimento se encontra na redução do seu valor calórico e, uma vez que as gorduras possuem o valor calórico mais elevado, a redução do seu conteúdo na dieta é uma medida absolutamente necessária. O mesmo pode dizer-se da redução dos hidratos de carbono, os quais representam cerca de 50% do fornecimento calórico global.
Leia o artigo completo na edição de junho 2019 (nº 295)