A pele é especialmente afetada durante o verão, quando está mais exposta a fatores agressivos como o sol intenso e o calor excessivo. Esses elementos podem causar desde simples queimaduras até problemas mais sérios, como infeções, envelhecimento precoce da pele e, em casos mais graves, cancro cutâneo. Por isso, é essencial cuidar bem da pele e protegê-la, mantendo-a saudável, não só no verão, mas durante todo o ano.

Todos já ouvimos falar das potencialmente terríveis consequências para a pele do excesso de exposição solar. Contudo, estudos promovidos por entidades idóneas indicam que uma boa parte da população portuguesa escolhe e aplica um creme de proteção solar de forma mais ou menos aleatória, sem pedir conselho profissional, para além de manter comportamentos de risco. Esta atitude, repetida ao longo dos anos e sem uma expressiva evolução positiva, tem feito aumentar a incidência de queimaduras solares, eritemas e, inclusive, cancro da pele, quer em Portugal quer em muitos outros países da Europa.

CAPITAL SOLAR

Cerca de um terço dos portugueses insistem em permanecer na praia ou na piscina durante as horas de maior intensidade solar. Esquecem-se que, com uma exposição repetida, uma pele bronzeada, que tão atrativa é aos 20 anos, começa a tornar-se seca, fina e enrugada a partir dos 40, aumentando, com isso, o risco de desenvolver cancro da pele.

E muitos não sabem que toda a radiação que recebemos fica gravada na memória da pele, durante toda a vida. Dito de outra forma: a pele possui o chamado capital solar, que é a quantidade de sol que consegue absorver sem se deteriorar. Atingido o capital solar, “o copo transborda” e os danos começam a fazer-se sentir.

Escaldão

Qualquer pessoa que já tenha apanhado um escaldão sabe que não é nada agradável. Vermelhidão, ardor, formação de bolhas, febre e calafrios são as dolorosas consequências de uma exposição inadequada.

Mas isto não é o pior de tudo, já que um só escaldão – sobretudo se se produzir antes dos 15 anos de idade – eleva de forma considerável a probabilidade de desenvolver um cancro de pele.

A melhor prevenção consiste em evitar a exposição solar durante as horas mais perigosas – das 11 às 17 horas – e proteger todo o corpo – incluindo lábios, olhos, cabeça e mãos – de forma adequada.

Se não conseguir evitar a queimadura, tenha o máximo de cuidado com as bolhas: não as rebente, refresque a zona danificada com compressas de água fria e aplique um spray after-sun para aliviar a dor e recuperar a pele. Se o ardor não diminuir, consulte o médico.

Leia o artigo completo na edição de junho 2025 (nº 361)