Os antioxidantes são os maiores aliados para combater os danos causados pelos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e pelo desenvolvimento de várias doenças. O selénio é um desses antioxidantes poderosos, com muitos benefícios para a tiroide, pele, cabelo e unhas, e na defesa imunitária.

Os radicais livres são os nossos piores inimigos. Sem darmos por isso, atacam o nosso organismo e prejudicam o seu funcionamento normal, contribuindo para a deterioração da nossa saúde em geral. São responsáveis pelo envelhecimento precoce e aumentam o risco de desenvolvimento de várias doenças, entre as quais patologias inflamatórias, diabetes, cancro e doenças degenerativas. São ainda prejudiciais para a saúde e aparência da pele. Pele, cabelo e unhas de aspeto saudável, geralmente, é indicativo de que o organismo obtém os nutrientes de que precisa

O QUE SÃO RADICAIS LIVRES?

Os radicais livres derivam, por exemplo, da radiação solar, da poluição, do tabaco, do stress e até mesmo do nosso metabolismo energético. Quando estes radicais livres atacam as células da pele, podem danificar componentes essenciais como o colagénio e o ADN, desencadeando uma série de problemas cutâneos. Sendo uma consequência natural do nosso metabolismo e daquilo que nos rodeia, não é possível evitá-los.

A boa notícia é que podemos combatê-los com a ajuda dos antioxidantes, substâncias aptas a neutralizá-los e a impedir a oxidação das células, e os tecidos do corpo. O papel do selénio na manutenção de cabelo e unhas saudáveis corrobora a máxima “a beleza vem de dentro”.

ANTIOXIDANTES QUE NOS PROTEGEM

O nosso organismo produz naturalmente antioxidantes. No entanto, podemos reforçar a sua presença através da alimentação, até porque mesmo os antioxidantes endócrinos necessitam de diversos minerais e vitaminas para poderem atuar.

O selénio e o zinco são dois exemplos de minerais que nos ajudam nesta proteção e ambos favorecem o funcionamento normal do sistema imunitário. Enquanto o primeiro está presente na carne, no peixe e nos cereais integrais, o segundo encontra-se nas ostras, na carne, no peixe, no leite, no queijo e em algumas leguminosas. Contudo, tem-se verificado que muitas dietas atuais, sobretudo as que são ricas em alimentos processados e pobres em verduras e fruta, comprometem a obtenção de antioxidantes, pelo que é preciso tomar um suplemento alimentar com aqueles minerais para reforçar os antioxidantes endógenos e exógenos.

DEFICIÊNCIA EM SELÉNIO

Um estudo concluiu que o trigo produzido em solo português é pobre em selénio, uma vez que os campos agrícolas em Portugal contém baixo teor de selénio. Consequentemente, os vegetais, os frutos e os cereais cultivados nesses campos agrícolas, vão conter também baixo teor deste mineral.

E O ZINCO?

Os défices em zinco podem surgir devido a uma alimentação pouco equilibrada e variada e rica em cereais refinados e pães não fermentados que contêm fibra e fitato, impedido a absorção do zinco. Alguns dos sintomas incluem a perda de apetite e a diminuição da função imunitária. O zinco, que também é um nutriente essencial, é especialmente importante para a pele, visto que favorece os mecanismos de reparação dos tecidos envolvidos na formação de pele nova e também a cicatrização de feridas.

Sabia que…?

  • Pessoas com doença celíaca podem ter níveis reduzidos de selénio devido à má absorção intestinal.
  • A deficiência de selénio pode afetar a função da glutationa peroxidase, uma enzima antioxidante dependente do selénio, que faz aumentar as oxidações indesejáveis no organismo.
  • Baixos níveis de selénio estão associados a um risco maior de doenças autoimunes da tiroide, como tireoidite de Hashimoto e doença de Graves, que são comuns em celíacos.