Parece redundante, mas não é. Devemos prestar atenção aos nossos ouvidos e aos sinais de que algo poderá não estar bem.
Pedir para repetir as palavras cada vez com mais frequência, aumentar o volume da televisão, aquele zumbido permanente que teima em não desaparecer… Uma ou todas as situações ser-lhe-ão certamente familiares. Saiba um pouco mais sobre estes sintomas.
QUE IDADE TÊM OS NOSSOS OUVIDOS?
A perda de audição afeta um grande número de pessoas em todo o mundo de formas diferentes e, se não for tratada a tempo, poderá, inclusive, provocar problemas como ansiedade, depressão, exclusão e até mesmo solidão. A causa mais comum de perda auditiva é a idade – presbiacusia – mas também pode ser a exposição prolongada e excessiva a ruídos fortes, pelo que pode ocorrer em qualquer idade. Deveremos estar atentos e prevenir.
Apresentamos algumas perguntas que permitem avaliar se sofre de algum tipo de problema auditivo:
- As pessoas estão sempre a queixar-se de que o volume da TV ou do rádio está muito alto?
- Alguma vez lhe aconteceu não ouvir a campainha da porta ou o telefone a tocar?
- Tem problemas para acompanhar uma conversa em locais com muita gente ou em ambientes ruidosos?
- Durante uma conversa, tem a sensação que as pessoas estão a murmurar ou que não falam com clareza?
- As pessoas costumam dizer-lhe que fala muito alto?
- Pede muitas vezes para repetir?
- Já lhe aconteceu ter dificuldade em entender as palavras de uma canção ao ouvi-la na rádio?
Caso tenha respondido afirmativamente a alguma destas perguntas, é possível que tenha algum grau de perda auditiva.
E AQUELES ZUMBIDOS PERMANENTES?
As pessoas que sofrem de zumbidos ou acufenos ouvem ruídos sem estímulos exteriores. Normalmente, este problema está associado a uma perda auditiva neurossensorial. Quem sofre desta afeção tem a sensação de ouvir ruídos dentro da cabeça. Normalmente, está associada a uma patologia do ouvido interno.
No entanto, não pense que tem uma doença. Trata-se de um sintoma que poderá ser decorrente de traumas sonoros, da redução do fluxo sanguíneo, da perda auditiva, de problemas na cervical ou nas mandíbulas, etc.. São, portanto, variadíssimas as causas que podem estar na origem desta situação incomodativa. Embora não haja um tratamento único para este problema, nem mesmo um medicamento “antizumbido”, existem terapias que se podem realizar, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que já não têm tranquilidade.
Este problema regista-se maioritariamente em pessoas com idades entre os 50 e os 70 anos, deteriorando progressivamente a sua qualidade de vida e o seu relacionamento com aqueles que os rodeiam.
Podem manifestar-se por breves períodos de tempo, desaparecendo de forma espontânea, mas se durarem mais do que 6 meses, os zumbidos podem tornar-se num problema grave de saúde.
Segundo um estudo realizado pela GAES – Centros Auditivos, 84% dos pacientes manifestaram um aumento da qualidade de vida após a sua terapia de habituação ao zumbido e do uso de aparelhos de correção auditiva.
Se se revê em algum destes cenários, está na altura de consultar um especialista e cuidar dos seus ouvidos e da sua audição.
Artigo publicado na Edição de junho 2016 (nº 262)