A Sociedade Portuguesa de Cardiologia aposta no combate à insuficiência cardíaca com a campanha “Não deixe a viagem acabar cedo demais”.

 

Artigo da responsabilidade do Prof. João Morais, Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia

 

 

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) identificou a temática da insuficiência cardíaca (IC) como uma prioridade para a saúde cardiovascular dos portugueses por entender que é nesta área que se deve fazer um investimento.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal e, concretamente, a IC mata mais do que o enfarte do miocárdio, além de ter um número de internamentos muito superior. Em termos globais, a taxa de mortalidade associada a esta patologia já é superior à taxa de mortalidade associada a determinados tipos de cancro e é também superior a doenças como a diabetes e a doença pulmonar obstrutiva crónica.

NÚMEROS NADA ANIMADORES

E o futuro não parece animador. Estima-se que 1 em cada 5 portugueses irá desenvolver IC em algum momento ao longo da vida, números estes que, de acordo com o estudo “The current and future burden of heart failure in Portugal”, realizado por um grupo de investigadores nacionais, apontam para que a mortalidade por IC sofra um incremento de 73% nos próximos 20 anos (com 8112 mortes por IC em 2036) e que os anos de vida perdidos aumentem em 47,3% (atingindo 16.788 em 2036).

Assim, embora reconheçamos que nos últimos 15/20 anos percorremos um caminho de sucesso, com uma contínua redução do número de mortes associadas a estas patologias, tínhamos a noção de que era necessário fazer mais.

Leia o artigo completo na edição de maio 2019 (nº 294)