Os implantes são uma das chaves para uma dentição perfeita. E a Medicina Dentária evoluiu de tal forma nos últimos anos que os implantes deixaram de ser um luxo disponível apenas para uma minoria, passando a ser, não só uma necessidade para uma boca saudável, como algo acessível a qualquer pessoa.

 

O estigma de um dente perdido, principalmente nas faixas etárias mais jovens, sempre foi um problema complexo de resolver e, durante séculos, tentou-se fazê-lo com implantes dentários, utilizando variadíssimos materiais, tais como marfim, metal, osso, ouro e outros, mas sempre sem grande sucesso. Em 1952, um sueco chamado Branemark desenvolveu um implante com rosca em titânio puro, que veio a revelar-se um sucesso e fundou a base da Implantologia moderna.

Os implantes são como raízes artificiais que vão servir de suporte a uma coroa, no caso de um dente só, ou de base a uma estrutura que suporta várias coroas, na ausência de várias peças dentárias.

Aprendizagem e perícia

O sucesso de uma cirurgia com implantes depende de vários fatores. Antes de mais, depende da qualidade e quantidade de osso existente no maxilar. Assim, é fundamental estabelecer um bom plano de tratamento e isto implica, frequentemente, a discussão do caso entre os vários departamentos da clínica. Simultaneamente, a capacidade do implantologista também é fundamental, pois como qualquer técnica cirúrgica requer bastante aprendizagem e perícia. Por esta razão, todos os anos, são organizados cursos, simpósios, jornadas e congressos, dirigidos aos profissionais, com o objetivo de os manter atualizados sobre esta complexa atividade.

A cirurgia propriamente dita pode ser muito simples, algumas vezes até bem mais simples do que uma extração dentária; outras vezes, dependendo do número de implantes a colocar e da técnica cirúrgica utilizada, pode ter um pós-operatório um pouco menos simpático.

A cirurgia passa por fazer ou adaptar um orifício já existente, designado de “leito implantar”, sempre com os devidos cuidados para não lesar as estruturas mais nobres que anatomicamente possam estar próximas da localização do implante.

Pós-operatório tranquilo

O pós-operatório deste tipo de cirurgia é bastante satisfatório. O implante acaba por ter uma reação muito pouco exuberante por parte do organismo do paciente, o que, juntamente com a medicação efetuada, permite um pós-operatório tranquilo.

Após a cirurgia, temos um período de cicatrização do implante, ao qual se dá o nome de osteointegração, ou seja, a ligação do implante ao osso e que pode demorar entre 8 semanas e 6 meses, dependendo do tipo de osso doente, do tipo de implante utilizado e, por vezes, da técnica cirúrgica aplicada. Após este período e se tudo estiver bem, o implante está preparado para receber a coroa ou estrutura para qual foi planeado.  Sempre as condições o permitirem, antes da prótese definitiva, aplica-se uma prótese funcional provisória, para facilitar a mastigação e a estética geral.

Os implantes dentários não têm, atualmente, contraindicações definitivas, mas sim algumas temporárias, como por exemplo a gravidez.

Leia o artigo completo na edição de junho 2019 (nº 295)