O fartlek tem vindo a tornar-se um método popular de treino utilizado pelos corredores, ao fornecer uma agradável e construtiva alternativa ao simples calcorrear do alcatrão sem qualquer finalidade ou plano.

Artigo do atleta Carlos Fonseca

 

Expressão sueca, desenvolvida nos anos 30, que significa “jogo da velocidade”, o fartlek é um tipo de treino capaz de providenciar uma excelente endurance, bem como ajudar a desenvolver a velocidade na corrida.

EM QUE CONSISTE?

Fartlek é, essencialmente, um método de treino que compreende alguma mudança de velocidade (esforço) e, ao mesmo tempo, apreciar a sessão de treino. É um método de treino similar ao intervalado, mas desigual. O treino intervalado é mais disciplinado, preciso e objetivo. O fartlek não é tão exigente e é mais descontraído.

Fartlek é uma forma de correr, quer em estrada quer em mata, na qual o corredor, geralmente sozinho, varia significativamente o ritmo durante a corrida. É, geralmente, considerado como uma técnica avançada de treino, para o corredor experiente que tem usado o treino intervalado para desenvolver a velocidade e para melhorar o seu sistema anaeróbico. No entanto, o corredor comum pode igualmente tirar proveito de uma forma simplificada do treino fartlek, desenvolver a sua perfomance e introduzir a variedade no programa de treinos.

PARA O CORREDOR COMUM

Uma forma “suave” de fartlek pode ser benéfica para o corredor comum. Estou a pensar no corredor de estrada que treina normalmente numa distância variada, a um ritmo razoável e constante, para o qual pode ter feito ou não um programa de treinos específico.

A técnica aqui é introduzir na corrida normal curtos períodos a um ritmo ligeiramente mais elevado; manter esse ritmo por um curto período de tempo, digamos 200-400 metros (marcar, por exemplo, uma curva na estrada ou um poste de iluminação); reduzir então o ritmo abaixo do normal de corrida, até recuperar inteiramente e a respiração retornar ao normal; voltar, por fim, ao ritmo normal. E ir repetindo os períodos a um ritmo mais elevado. Desta forma, estará a impor um esforço extra ao treino habitual que, a seu tempo, conduzirá a uma melhoria na velocidade e no ponto inicial anaeróbico.

Leia o artigo completo na edição de julho-agosto 2022 (nº 329)