No Dia da Saúde Periodontal, assinalado a 12 de maio, a Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI) alerta para os perigos da doença das gengivas terminar em perda de dentes e para a sua associação com outras patologias que podem encurtar a vida.
A periodontite é a sexta doença mais comum a nível mundial e está associada a outras patologias, podendo contribuir para encurtar a vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, metade dos adultos sofre de problemas nas gengivas e Portugal não é exceção. Para combater a doença periodontal, médicos dentistas da área da periodontologia vão estar nas ruas de Lisboa, Porto e Coimbra, a 12 de maio – Dia da Saúde Periodontal, a promover a importância da Saúde Oral integrada na Saúde Geral, distribuindo kits de higiene oral.
“A periodontite pode estar associada a outras doenças sistémicas. A presença de bactérias leva a que, por um lado, algumas passem para a corrente sanguínea, por outro, as substâncias produzidas pelas bactérias e pelo processo inflamatório possam ter influência nos diferentes órgãos. Por exemplo, a periodontite não tratada pode influenciar o controlo da diabetes e aumentar o risco para sofrer de doenças cardiovasculares” explica Susana Noronha, presidente da Sociedade Portuguesa de Periodontologia e Implantes (SPPI).
Além das gengivas inchadas e sangrantes, os sinais de periodontite podem incluir dentes a abanar, mau hálito, mau sabor e perda de dentes. Para explicar estes e outros detalhes associados à saúde gengival, a SPPI preparou uma ação de sensibilização e esclarecimento à população. Serão distribuídos 3.000 kits de higiene oral nas ruas de Lisboa, Porto e Coimbra, até porque, de acordo com um estudo da marca Parodontax, 53% dos portugueses sofre de problemas nas gengivas e 16% desse grupo não faz qualquer tratamento.
“As doenças periodontais tratam-se através da eliminação da causa, ou seja, da placa bacteriana. O tratamento tem como principal objetivo eliminar as bactérias e ensinar e motivar o doente para as técnicas de higiene oral que permitam manter os resultados obtidos, prevenindo a recidiva e controlando a doença”, detalha a presidente da SPPI.