Celíaco é alguém que sofre de uma doença crónica no intestino, a qual a torna incapaz de absorver corretamente os alimentos com glúten. O único tratamento possível baseia-se numa dieta livre desta proteína.

 

O glúten é uma proteína vegetal presente no trigo, cevada, centeio e aveia. Esta proteína provoca nos celíacos uma inflamação crónica numa parte do intestino delgado e lesões nas suas velosidades, o que pode derivar em crises alérgicas virulentas ou inclusive cancro. A maioria dos afetados sofre diarreias crónicas, distensão abdominal, perda de peso e deficiências nutricionais. A única solução eficaz passa por nunca ingerir glúten.

Recomendações dietéticas

Além de evitar os cereais mencionados, há que prescindir dos seus híbridos, derivados e produtos que possam contê-los, como triticale, kamut, espelta, malte, bulgur, durum, a maioria de produtos panificados, a sêmola, massa, assim como a cerveja, gérmen de trigo e vitamina E em cápsulas.

Também é necessário ter em atenção a etiquetagem dos produtos, tendo em conta que alguns alimentos, como os de padaria, espessantes ou molhos, podem conter glúten sem estar discriminado nas etiquetas.

Assim sendo, a dieta de um celíaco deve basear-se em alimentos que não contenham estas proteínas, como determinados cereais (arroz, milho, painço ou milho-miúdo, sorgo, amaranto, quinoa e teff, entre outros), verduras e hortaliças, leguminosas, frutas, leite e derivados, carne, peixe e ovos.

Obviamente, os vegetarianos excluirão a carne e o peixe, mas deverão manter os ovos, bem como o leite e derivados. É importante consumir pão e outros alimentos elaborados à base de cereais sem glúten, para manter a ingestão adequada de hidratos de carbono.

 

Leia o artigo completo na edição de novembro 2016 (nº 266)