Os animes são os desenhos animados japoneses mais tradicionais e famosos mundialmente, em especial para público jovem, no entanto, assistir recorrentemente aos animes pode causar prejuízos ao cérebro das crianças.
De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, especialista em neurociências e autor de um dos primeiros estudos que comprovaram os efeitos do excesso do uso de redes sociais e mau uso da tecnologia na inteligência, o hábito de assistir a animes pode prejudicar a cognição e causar ansiedade, isolamento e dificultar o desenvolvimento do cérebro das crianças.
“A grande maioria dos animes não traz nenhum tipo de conhecimento além de estímulos à violência, o que ajuda a aumentar a ansiedade e desencadeia um processo de ‘emburrecimento’, prejudicando o processo de neuroplasticidade cerebral e atrofiando o cérebro”, afirma.
“Outra característica marcante dos animes é a falta de expressões faciais dos personagens, o que, principalmente para as crianças, dificulta o desenvolvimento da cognição com base nas expressões, algo que é fundamental para interpretar emoções e sentimentos de outras pessoas no seu convívio”, alerta o Dr. Fabiano de Abreu.
Segundo resultados de um estudo realizado por um grupo de investigadores das Universidades de São Francisco e Califórnia e publicado pela revista científica JAMA Psychiatry Journal, quanto mais as pessoas assistem a televisão, piores são seus resultados em testes de inteligência. E de acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, os impactos dos animes são superiores ao da televisão em geral.
“A televisão em excesso durante a infância prejudica o desenvolvimento de importantes funções cerebrais. No caso dos animes, esses impactos são ainda maiores. Os tramas vividos pelos personagens, as trilhas sonoras, os efeitos visuais, a pobreza de vocabulário e as atitudes dos personagens que estimulam a violência e a solidão, contribuem para isso”, conclui o especialista.
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