Quase sempre escondidos, os cotovelos, os joelhos e os calcanhares também secam, gretam-se e deterioram-se. No entanto, basta um mínimo de atenção, para lhes devolver toda a suavidade.
Muitas vezes esquecidos – o creme hidratante raramente chega a estas zonas –, cotovelos, joelhos e calcanhares sofrem, em 90% dos casos, de secura cutânea. E embora este seja o problema mais comum, também é o de mais fácil resolução. Banhos ou duches com água tépida – pois a água quente retira à pele os seus óleos naturais –, evitar sabões fortes, eliminar as células mortas através da exfoliação e aplicar um produto hidratante são os quatro passos a seguir.
Soltar os problemas
Aplicar creme nos cotovelos, joelhos e calcanhares, depois do duche, nunca é suficiente. A menos que se prepare a pele para receber a hidratação, não haverá “bebida” que possa acalmá-la. Pelo contrário, com uma preparação adequada, pode-se saciar a sede da pele. Como? Muito simples: primeiro, libertando-a das células mortas; e, depois, hidratando-a em profundidade.
Todos os dias, a pele gera uma camada de células mortas na sua superfície, o que impede a penetração do creme hidratante e faz com que a lubrificação seja ineficaz. Com a exfoliação, elimina-se a barreira formada pelas células deterioradas, abrindo o caminho para uma boa hidratação.
Os exfoliantes cosméticos – produtos granulados – desincrustam as escamas da pele, as quais são eliminadas com a água, deixando a pele lisa e flexível. Por seu lado, os exfoliantes manuais – luvas de crina, esponjas vegetais ou a clássica pedra-pomes – também são eficazes a varrer as durezas e a suavizar a pele. Nos cotovelos, joelhos e calcanhares, é indispensável repetir esta operação uma ou duas vezes por semana.
Compostos suavizantes
Com o passar dos anos, a secura cutânea corporal acentua-se. A qualidade de uma pele depende da qualidade da respetiva camada córnea e aquela torna-se rugosa – por vezes, até forma crostas –, fundamentalmente nos cotovelos, nos joelhos e, sobretudo, nos calcanhares.
As características principais de uma pele seca são o aspeto apagado e a falta de brilho. O objetivo é, pois, conseguir uma pele suave, luminosa e tensa. Para o conseguir, deve conjugar-se uma ação hidratante imediata com uma de longa duração. Na realidade, trata-se de preservar o capital de elastina da pele, melhorando o microrrelevo cutâneo e ajudando a uma boa coesão celular.
Para uma boa hidratação, é necessário um creme que seja facilmente absorvido. O óleo de amêndoa (emoliente que suaviza), a manteiga de cacau (lubrificante e hidratante), a lanolina ou a glicerina (humidificantes) e as vitaminas E e F (suavizantes e antioxidantes), incluídos nos cremes corporais, são particularmente indicados para tratar as peles secas.
É importante aplicar este tipo de produtos todos os dias, depois do banho, através de uma massagem suave, que ajudará a amolecer as zonas mais duras.
Leia o artigo completo na edição de setembro 2020 (nº 308)