As doenças cardiovasculares são a causa de morte, anualmente, de cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo. Combater o sedentarismo é um dos primeiros passos para melhorar a saúde cardiovascular. Conheça 7 dicas que o podem ajudar a antecipar doenças cardiovasculares, no futuro, e a adotar um estilo de vida mais saudável durante todo o ano.

 

As doenças cardiovasculares são aquelas que afetam o coração (cardio) e os vasos sanguíneos (vasculares), como as artérias, veias e capilares. A causa de praticamente todas as doenças cardiovasculares é a aterosclerose, que consiste num processo que leva à formação e deposição de placas que “entopem” os vasos sanguíneos. Com o tempo, estes depósitos vão-se acumulando e acabam por deixar menos espaço para que o sangue passe, chegando mesmo a poder impedir a sua circulação normal.

Em Portugal, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morte e de incapacidade, sendo que mais de metade da população (55%) tem dois ou mais fatores de risco cardiovasculares. Já o Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) afeta anualmente 15 mil portugueses.

De acordo com um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares que afetam mais de metade dos portugueses, são:

  • Mais de 50% tem excesso de peso ou obesidade;
  • Cerca de 40% tem tensão alta;
  • 25% são fumadores;
  • Mais de um milhão de portugueses têm diabetes;
  • Aproximadamente 30% tem colesterol muito elevado.

A mudança de alguns hábitos que são considerados fatores de risco para o coração estão ao alcance de qualquer um de nós, começando pelo combate ao sedentarismo e com a adoção de estilos de vida mais saudáveis e equilibrados. Descubra 7 dicas que o podem ajudar:

  1. Praticar exercício físico com regularidade

Pelo menos 30 minutos por dia e 5 vezes por semana. Não é necessário ir correr nem ir para o ginásio, uma boa caminhada diariamente faz toda a diferença.

  1. Alimentação saudável a quase 100%

Consumir furtas, vegetais, fibras e proteínas com regularidade. Evitar o consumo de gorduras, açúcar e sal, principalmente em alimentos pré-preparados (refeições pré-cozinhadas, snacks, conservas, bolos embalados) – estes alimentos devem ser uma fatia muito reduzida da sua alimentação, sendo apenas consumidos em ocasiões pontuais.

  1. Evitar o excesso de peso

Através do controlo da gordura abdominal, essencialmente. Se necessário, pedir apoio de um profissional de saúde para o ajudar na construção de uma relação equilibrada com a comida.

  1. Controlar a tensão arterial

Medir regularmente a tensão arterial e verificar se os valores estão abaixo dos 140/90 mmHg.

  1. Análises regulares ao sangue

Estas análises são importantes para conseguir controlar os níveis de colesterol e perceber se estão dentro dos parâmetros normais. Idealmente o colesterol LDL abaixo dos 130 mg/dl e o HDL acima dos 40 mg/dl. O colesterol total deve rondar idealmente os 190 mg/dl.

  1. Não fumar

Evitar os hábitos tabágicos são uma recomendação válida não só para as doenças cardiovasculares, mas também para muitas outras. Se não conseguir sozinho deve pedir ajuda a um profissional de saúde para que de forma gradual consiga deixar de fumar. 

  1. Evitar, ou tentar reduzir, o stress

Tentar ter horários regulares, rotinas diárias, evitar demasiado tempo seguido a trabalhar são alguns dos conselhos que podem ajudar a reduzir o stress. Algumas pessoas podem também optar por outras práticas que as ajudem como é o caso da meditação, massagens de relaxamento, entre outras.

É importante que toda a família esteja unida na adoção de hábitos de vida mais saudáveis e que trabalhem juntos neste propósito comum. No caso de já existir um histórico de doenças cardiovasculares, a família, para além de ter um papel fundamental na gestão da doença, é também um motor para a adoção de cuidados que ajudem a antecipar futuros problemas ou incidentes cardiovasculares.

Ao optar por uma alimentação mais saudável, pelo combate ao sedentarismo e ao fazer o controlo da tensão arterial e colesterol, a população portuguesa adulta está também a contribuir para que as crianças de hoje se tornem em adultos mais saudáveis no futuro.