O cancro da mama é o tumor mais comum nas mulheres ocidentais. Afeta, sobretudo, mulheres de meia-idade e pode ser tratado com êxito, quando diagnosticado a tempo.

 

Um tumor maligno é uma doença que se caracteriza pela proliferação anormal de células. A malignidade provém do facto dessas células serem capazes de invadir órgãos e tecidos próximos ou, inclusive, disseminarem-se à distância, transferindo-se para outras partes do organismo. Estas células designam-se por metástases.

O cancro da mama é um tumor maligno que tem a sua génese no tecido da glândula mamária, sendo muito mais frequente nas mulheres, embora também possa afetar indivíduos do sexo masculino (1 em cada 100 casos). Pode surgir em qualquer idade, tendo a sua maior incidência na menopausa, entre os 45 e os 65 anos. Segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro, todos os anos são detetados mais de 4.000 novos casos de cancro da mama, em Portugal. E as taxas de incidência estão a aumentar, provavelmente devido ao envelhecimento da população e a um diagnóstico cada vez mais precoce.

Diagnóstico precoce

O cancro da mama é uma das poucas doenças oncológicas que pode ser diagnosticada antes que se note algum sintoma. Quando detetado na sua fase mais inicial, o cancro tem uma probabilidade de cura próxima dos 100 por cento. Para isso, são importantes as consultas regulares ao ginecologista, a autopalpação mamária e a realização de uma mamografia anual, a partir dos 40 anos.

A mamografia não é mais do que uma radiografia das mamas, que deteta lesões em estádios muito incipientes do cancro, inclusivamente antes de ser percetível ao tato.

Quando na autoexploração mamária se deteta um nódulo, há que ir imediatamente ao médico, para a realização de exames de diagnóstico. Porém, nove em cada 10 tumores mamários são benignos.

Luta contra o tumor

Uma vez confirmado o diagnóstico, há que determinar a fase em que se encontra o tumor, para decidir qual o tratamento mais adequado. A cirurgia é a primeira opção nos tumores em estádios localizados. Outro tratamento é a quimioterapia, cujo objetivo é destruir as células malignas e que pode constituir uma terapêutica complementar à cirurgia, para prevenir possíveis metástases. Contudo, devido aos seus incómodos efeitos secundários, está a tentar diminuir-se a sua utilização.

A radioterapia, por seu turno, utiliza radiações ionizantes para destruir as células tumorais, causando o menor dano possível aos tecidos circundantes. Por esta razão, constitui um tratamento de eleição.

A hormonoterapia é constituída pela administração, por via oral, de hormonas que bloqueiam a ação dos estrogénios sobre as células malignas da mama, inibindo a respetiva proliferação. O objetivo é diminuir o tamanho do tumor e, inclusive, fazê-lo desaparecer.

 

Fatores de risco

  • Ter entre 50 e 60 anos;
  • Ser de raça branca;
  • Ter um familiar com esta doença;
  • Ter sofrido doenças benignas da mama ou outros cancros;
  • Possuir  os genes BRCA1 e BRCA2.

 

Fatores de prevenção

  • Ter filhos antes dos 35 anos;
  • Tomar contracetivos orais (embora os resultados sejam incertos, se tomados durante mais de 8 anos);
  • Manter uma vida saudável, que inclua exercício físico regular, dieta equilibrada, baixa em gorduras polinsaturadas e rica em fibras, ácidos gordos monoinsaturados e vitaminas A, E e C.
  • Evitar a obesidade, o álcool e o tabaco.

 

Cuide do seu peito

Siga uma dieta saudável e equilibrada. Beba muita água e evite o excesso de gorduras e proteínas;

  • Controle o aumento de peso;
  • Pratique exercício físico regular;
  • Alterne duches de água fria e quente sobre as mamas;
  • Utilize soutiens adequados às suas medidas;
  • Cuide da pele do peito com cremes adequados;
  • Evite tóxicos como o tabaco e as drogas;
  • Reduza a ingestão de álcool, café e chocolate;
  • Faça a autoexploração mamária uma vez por mês, após a menstruação;
  • Consulte o ginecologista uma vez por ano.