Alimentar-se de forma equilibrada e com produtos naturais e ricos em nutrientes, não faz só bem à saúde física, como também tem impacto na nossa mente e favorece o bom humor.

 

Muitas vezes se disse que o peixe, por exemplo, é o alimento do cérebro, mas essa realidade vai mais além, porque se reflete nos níveis de boa disposição que sentimos. Os estudos que comparam as desordens de humor nos diferentes países referem que aqueles onde há mais consumo de peixe têm as taxas mais baixas de depressão, desordens afetivas sazonais, doença bipolar e depressão pós-parto. A culpa é da boa gordura que existe no peixe. As pesquisas indicam que os jovens que têm menos concentração de ácidos gordos ómega 3, presentes em maior quantidade em peixes de água fria (salmão, truta, sardinha, atum, carapau, etc), têm mais oscilações de humor e maior dificuldade em adormecer.

Um estudo efetuado em 2008 relatou que os óleos de peixe têm um efeito no cérebro comparável ao de medicamentos destinados à regulação do humor no tratamento da depressão. Na verdade, demonstrou-se já que consumir ómega 3 alivia os sintomas de depressão em mais de 60% das grávidas.

LICOPENO E NÃO SÓ

Mas nem só de peixe vive a boa disposição. O tomate também é bom para o humor. O responsável por isso é o licopeno, o fitoquímico que dá a cor vermelha a este fruto e que ajuda a manter bom humor ao prevenir a formação de compostos que favorecem a inflamação e que estão associados à depressão, como a interleucina-6. O licopeno vai ainda mais longe e protege-nos contra uma série de cancros, como o da mama, da próstata e do pâncreas. No caso do tomate, vale a pena escolher a produção orgânica, porque isso significa o triplo de concentração de licopeno.

O tomate ainda possui outros potenciadores do bom humor, como o folato, o magnésio, ferro, triptofano e vitamina B6, todos eles ingredientes importantes para o cérebro produzir serotonina, dopamina e norepinefrina, neurotransmissores que regulam o humor.

A niacina, vitamina K e C, crómio e potássio presentes no tomate destinam-se a proteger-nos de doenças crónicas como a diabetes e doenças do coração. Uma das formas de atuação destes nutrientes é diminuir a concentração de homocisteína no sangue, que é um fator de risco para a depressão, ataques cardíacos e acidentes vasculares-cerebrais (AVC).

Leia o artigo completo na edição de junho 2019 (nº 295)