A opção por um estilo de vida mais saudável, que inclua uma nutrição equilibrada e a prática de exercício físico regular, proporciona melhores condições de saúde e maior resistência contra doenças, principalmente as crónicas.
A alimentação e a nutrição são processos através dos quais ingerimos, digerimos, assimilamos e utilizamos tudo o que comemos. Os alimentos que consumimos todos os dias contêm os nutrientes que necessitamos para crescer, desenvolver e mantermos as funções normais do organismo.
Dieta: forma de vida
Muito contrariamente ao que se pensa, a palavra “dieta” significa “forma de vida” e não está relacionada com o facto de seguir um regime ou plano alimentar de controlo de peso, nem significa fazer uma alimentação especial para reduzir tamanhos.
Dieta é o nome que se dá ao conjunto de alimentos e de preparações culinárias e gastronómicas que se consomem no âmbito de uma determinada cultura e combinados de uma determinada forma.
Uma dieta adequada deve satisfazer todas as necessidades do corpo, saciá-lo, dar-lhe prazer e, sobretudo, fornecer-lhe tudo o que necessita para que funcione bem.
Fatores de proteção
Atualmente, são colocados vários desafios à alimentação, em grande parte no que respeita à promoção da saúde e prevenção de muitas doenças crónicas. Os fatores de proteção fornecidos pelos alimentos são imensos, principalmente no que se refere à origem e instalação de doenças crónico-degenerativas.
Nos dias de hoje, destaca-se, também, o papel da alimentação na qualidade de vida dos cidadãos e até na longevidade, dado principalmente a sua capacidade de disponibilizar ao organismo elementos nutricionais que atuam a nível celular, limitando o envelhecimento e degenerescência precoce de muitas células e tecidos.
Alimentarmo-nos de forma saudável é cada vez mais uma preocupação comum a vários grupos populacionais, ao mesmo tempo que se enquadre num estilo de vida globalmente mais saudável e que compreenda, necessariamente, a atividade física e vários outros elementos protetores e promotores da saúde.
Excesso de peso e obesidade
Em virtude das melhorias socioeconómicas alcançadas nos últimos 40 anos, Portugal obteve ganhos em saúde importantes, que o colocou a par dos seus parceiros europeus, mas a modernização levou também a fortes alterações no estilo de vida e a comportamentos menos saudáveis, como sejam as mudanças nos hábitos alimentares e o baixo nível de atividade física, que estão na base do perfil de saúde do País.
Na verdade, Portugal é um dos países da União Europeia com mais elevados índices de inatividade física e em que a perda dos valores da alimentação tradicional de índole mediterrânica é cada vez mais evidente.
As doenças que se relacionam com a obesidade estão ligadas com as principais causadoras de morte, sendo que quase um terço das mortes em Portugal são por doença vascular cerebral e doença isquémica cardíaca; para além disso, outro terço das mortes por cancro de mama – que é a segunda causadora de morte na mulher – está relacionada com excesso de gordura corporal.
Leia o artigo completo na edição de novembro 2021 (nº 321)