Está provado que o corpo humano consegue sobreviver mais de 50 dias sem ingerir alimentos; no entanto, não consegue estar mais de uns dias sem receber líquidos. Conheça a importância da água e por que razão ela é, só por si, uma fonte de saúde.
Antes de nascer, o feto é formado por 90% de água. Essa percentagem vai diminuindo ao longo da vida, até se situar em menos de dois terços do peso, na idade adulta, mas será sempre a principal componente do corpo humano e aquela que garante a nossa sobrevivência.
Este precioso líquido transparente não só sacia a sede e refresca quando está calor, como é o maior responsável pelo bom funcionamento de cada uma das nossas células. Todas as reações químicas no nosso organismo têm lugar num meio aquoso. A água facilita o transporte de nutrientes, ajuda a eliminar toxinas, mantém a temperatura corporal, favorece a digestão e a lubrificação das articulações, previne a obstipação e melhora a hidratação da pele. À luz destes dados, não surpreende que seja impossível sobreviver para além de uns poucos dias sem beber.
Equilíbrio hídrico
Para entender o crucial conceito de equilíbrio hídrico, devemos saber que a água tem várias vias de entrada no corpo e outras tantas de saída. Assim, além da ingestão de líquidos através das bebidas – água, refrigerantes, infusões, caldos ou sopas, entre outros –, também nos hidratamos quando ingerimos alimentos sólidos, pois estes contêm sempre alguma água, sobretudo as frutas e as verduras. Inclusive, há pequenas quantidades de água que são produzidas pelo próprio organismo nos processos metabólicos.
Quanto à eliminação da água por parte do corpo, processa-se através de quatro processos fundamentais: os rins eliminam-na com a produção de urina, composta por 95% por água e apenas 5% de resíduos; a pele fá-lo através do suor, composto 99% por água; os intestinos eliminam água nas fezes; e os pulmões, através da respiração, expulsam também líquido sob a forma de vapor. No total, são eliminados diariamente entre 2 e 2,5 litros de água. Em situações de calor, exercício físico, diarreia, infeção, febre ou alterações renais, produz-se um significativo incremento da perda de líquidos.
Cabe, pois, a cada um de nós zelar para que a quantidade de líquido que entra no organismo seja equivalente à quantidade que sai, isto é, que o conteúdo de água nos tecidos se mantenha sempre constante; e a única forma de o conseguir é bebendo líquidos com a necessária frequência.
De resto, é preciso estar consciente de que uma mínima perda de líquidos, que altere o balanço hídrico, tem consequências para a saúde.
Leia o artigo completo na edição de julho/agosto 2019 (nº 296)