As nossas cozinhas estão cada vez mais pintadas de verde. Nos últimos anos, assistimos a um tsunami de alimentos plant-based e esta tendência vai continuar a marcar o futuro, mostra o estudo “Global Gastronomic Trends 2022”, da responsabilidade da Lantern, consultora de estratégia e inovação especialista no setor alimentar.

Na véspera do Dia Mundial do Veganismo, que se celebra internacionalmente a 1 de novembro, a consultora estima que 0,5% dos adultos portugueses sejam vegans (vs 0,7% em 2019), o que representa cerca de 40 mil portugueses. A alimentação maioritariamente vegetal é, no entanto, seguida por cerca de um milhão de portugueses, que evidenciam cada vez maior preocupação em conseguir um equilíbrio entre a saúde e a preservação do meio ambiente, com a alta cozinha a juntar-se cada vez mais a esta tendência.

“Há uma maior consciencialização em relação à dieta alimentar, com tendências muito interessantes, que nos mostram um regresso a sementes e a técnicas ancestrais, novas formas de preparar os alimentos, combinações inovadoras e improváveis, ou esta sofisticação verde, como lhe chamamos”, explica David Lacasa, partner da Lantern, a propósito do Dia Mundial do Veganismo, acrescentando que “há uma tendência para olhar cada vez mais para o plant-based, que tem uma personalidade própria e um potencial enorme a explorar, tanto ao nível do fine dining como das cozinhas domésticas”.

Ao todo, a Lantern encontra sete grandes tendências na gastronomia mundial, dados que irá apresentar num Webinar, que se realizará no dia 28 de novembro e que está aberto para inscrição a todos os que queiram conhecer melhor as linhas que marcam a alimentação do presente e do futuro. Pode saber mais sobre este webinar em: www.lantern.es

Em 2021, a Lantern fez uma extensa análise ao mercado português e concluiu que 11,9% da população era veggie, termo que designa a soma de vegans, vegetarianos e flexitarianos. A maior parte dos consumidores considerava-se flexitariana, isto é, segue uma dieta alimentar menos rígida, que permite o consumo de carne e peixe de forma ocasional.

Com uma taxa de penetração que varia entre 10 e 20% nos países ocidentais, a Lantern identifica uma grande oportunidade para se passar de uma dieta assente em substitutos da proteína animal para alimentos plant-based que têm uma personalidade própria e um enorme potencial para a criação de novas receitas.