É comum afirmarmos que estamos com um “excesso de adrenalina” ou que nos sentimos “acelerados”. Com efeito, o nosso corpo produz esta e outras hormonas, que são responsáveis pelos processos mais ativos do organismo, graças às glândulas suprarrenais, as quais se revestem de uma importância vital para o organismo humano.

 

Cada uma das duas glândulas suprarrenais encontra-se exatamente por cima dos rins, órgãos a que devem o seu nome. A glândula da direita costuma ter aspecto de lingueta, enquanto que a da esquerda possui uma forma algo mais variável. Têm uma cor amarelada, que se modifica quando sofrem alguma doença.

Estes elementos do organismo apresentam duas zonas totalmente independentes, tanto do ponto de vista genético, como do morfológico e funcional: o córtex e a medula, respetivamente a parte mais externa e a mais interna.

Dentro do córtex, encontram-se, por seu lado, três camadas: a glomerular, a fascicular e a reticular, assim ordenadas da periferia para o centro. A zona medular da glândula não apresenta camadas.

FUNÇÃO HORMONAL

É, precisamente, a zona do córtex a que possui uma função hormonal mais ampla e intensa; de facto, identificaram-se mais de 30 hormonas diferentes produzidas a este nível, ainda que, de todas elas, apenas umas sete possam considerar-se verdadeiramente imprescindíveis. Dentro deste grupo de hormonas – denominadas corticosteroides – destacam-se, pela sua maior importância, o cortisol e a aldosterona. A matéria-prima utilizada para a produção destas hormonas é o colesterol, uma substância que se encontra em quantidades elevadas a nível do córtex suprarrenal.

Segundo as funções que tenham de levar a cabo, estas substâncias orgânicas encontram-se divididas em vários grupos: as hormonas mineralcorticoides, que exercem a sua ação sobre o metabolismo salino e aquoso, cuja representante mais destacada é a aldosterona; as hormonas do açúcar ou glucocorticoides, por seu lado, encarregam-se do metabolismo dos hidratos de carbono e, entre elas, destacam-se o cortisol, a cortisona e a corticosterona; por último, as hormonas do grupo dos andrógenos produzem-se em pequenas quantidades e influenciam as características sexuais.

Também a zona medular da glândula suprarrenal produz hormonas, ainda que em menor quantidade, o que não significa que a função que desempenham seja menos importante. São apenas duas as hormonas elaboradas nesta porção medular, conhecidas genericamente como atecolaminas: a adrenalina e noradrenalina. A produção da primeira equivale a cerca de 70 a 75% da secreção total.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2019 (nº 297)