No âmbito do Dia Europeu do Antibiótico, que se assinala dia 18 de novembro, é importante relembrar que a resistência aos antibióticos é uma das principais ameaças à saúde global, colocando em risco o tratamento das doenças infeciosas.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), Portugal é um dos países europeus com maior taxa de resistência bacteriana e é, neste sentido, que se torna essencial adotar medidas de prevenção para reverter esta tendência e evitar um problema de saúde pública maior.
A Egas Moniz School of Health & Science, que oferece cursos na área da Saúde, possui equipas de investigação que desenvolvem estudos sobre esta temática. Em colaboração com outras instituições, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de soluções que contribuam para melhorar a situação atual.
Para assinalar este dia e promover a literacia sobre este tema, a instituição, que tem como foco a melhoria da saúde das populações, enumera alguns fatores a considerar sobre os antibióticos:
1. Cumprir a prescrição médica: Uma das situações mais comuns que gera resistência bacteriana é o facto de os doentes não prosseguirem com o medicamento até ao fim da data prescrita, interrompendo quando começam a sentir melhorias do seu estado de saúde. Contudo, ao optarem por parar, muitas bactérias não são destruídas, resultando na sua multiplicação e na aquisição da capacidade de combate ao antibiótico em futuras ocasiões.
2. Usar as novas moléculas de antibióticos apenas em casos mais complexos: Com a descoberta dos antibióticos, a sua utilização por parte da comunidade médica passou a ser frequente, com o objetivo de zelar pelo estado de saúde dos seus pacientes. É, contudo, necessário compreender que o uso indiscriminado de novas moléculas leva ao desenvolvimento de resistências por parte dos microrganismos, tendo como consequência a falta de soluções futuras. É necessário que exista sensibilidade para utilizar os novos antibióticos, principalmente nos casos mais complexos.
3. Formar as gerações futuras: O setor da educação assume um papel de destaque na formação das gerações futuras, reforçando a necessidade de prevenção e criando uma maior consciencialização sobre este tema. Com uma população informada sobre os riscos relativos à resistência aos antibióticos, haverá uma maior prudência, o que poderá contribuir para reverter esta ameaça à saúde pública.
