Dicas práticas para planear e viver esta fase com entusiasmo e equilíbrio.

Artigo da responsabilidade do Enf. Tiago Maurício. Enfermeiro especialista e professor no Ensino Superior. Mestre em Intervenção para um Envelhecimento Ativo

 

Com a chegada da reforma, inicia-se uma nova etapa das nossas vidas. Teremos, em média, mais de 20 anos após o fim da vida profissional – um período marcado por mais tempo livre, menos horários e obrigações, e inúmeras possibilidades de realização. Porém, para que esta fase seja vivida com equilíbrio, satisfação e sentido, é essencial planear e preparar a reforma de forma consciente.

O PLANEAMENTO

O planeamento da reforma não se resume às questões financeiras – essenciais, sem dúvida, mas já amplamente abordadas na sociedade. Um bom plano deve envolver também as possibilidades de desenvolvimento pessoal, as relações e interações sociais, a participação cívica e, quem sabe, o voluntariado.

Neste artigo abordarei, de forma breve, algumas sugestões para um planeamento ponderado da sua reforma, contribuindo com ideias e recomendações que lhe permitirão refletir sobre as melhores opções para si.

DESENVOLVIMENTO PESSOAL: APRENDER NÃO TEM IDADE!

A reforma pode ser uma excelente oportunidade para explorar interesses que ficaram em pausa durante a agitada vida profissional. O acesso à educação e formação ao longo da vida é uma das recomendações centrais da Estratégia Europeia para o Envelhecimento Ativo, que sublinha que a aprendizagem contínua é essencial para manter a autonomia e a inclusão social das pessoas idosas.

Existem muitas opções: universidades seniores, formações online ou presenciais, oficinas culturais, cursos de línguas, informática ou artes.

A aprendizagem de novos conhecimentos ajuda a estimular a cognição, reforça a autoestima e permite criar redes de contacto.

RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS: ESTEJA PRÓXIMO E CONECTADO!

O fim da vida profissional e a quebra de algumas rotinas pode reduzir o convívio diário com colegas e outros contactos habituais.

É essencial reforçar a vida social e as relações humanas. Conviver é um fator determinante para o bem-estar psicológico. A Organização Mundial da Saúde e a Direção-Geral da Saúde alertam que o isolamento social é um dos principais fatores de risco na velhice, comprometendo a saúde física e mental.

A solução poderá estar na participação em clubes, grupos culturais, associações, grupos de caminhada ou simplesmente em encontros regulares com amigos. As redes sociais (Facebook, Instagram, entre outras) também podem ajudar a reencontrar amigos e manter o contacto. Experimente!

Estas interações permitem manter ou criar rotinas de partilha e sentimentos de pertença. Pequenos gestos – como conversar, rir, participar – interferem diretamente na saúde emocional.

Leia o artigo completo na edição de novembro 2025 (nº 365)