No próximo dia 25 de Fevereiro, inicia-se o 10º Congresso Português de Hipertensão e Risco Cardiovascular Globalcom, que decorrerá no Tivoli Marina Vilamoura. O evento, organizado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), representa o ponto mais alto da atuação da SPH ao longo de todo o ano.

Segundo o presidente da Comissão Organizadora do congresso, Dr. Manuel de Carvalho Rodrigues, “as grandes apostas da 10ª edição do Congresso Português de Hipertensão são, sem dúvida alguma, promover a formação médica contínua e combater a ingestão excessiva de sal, que continua a ser uma das maiores batalhas da SPH ao longo dos anos.”

A hipertensão nas pequenas artérias é o tema escolhido para a conferência inaugural do congresso, que será dirigida pelo Professor Enrico Agabiti-Rosei, presidente da Sociedade Europeia de Hipertensão e diretor do Departamento de Ciências Clínicas e Experimentais da Universidade de Brescia, em Itália.

O Simpósio Lusofonia, com transmissão para todo o mundo lusófono, será um dos pontos altos do evento. Dando seguimento ao Projeto Lusofonia, que se estreou no Congresso do ano passado e que visa a partilha de experiências na área da hipertensão entre os vários países de expressão portuguesa, este congresso vai ser transmitido, em tempo real e via online, para congressistas de mais quatro países. A Angola, Moçambique e Brasil, que aderiram a este projeto no ano passado, junta-se agora Cabo Verde. Além de mais um país, o 10º Congresso da SPH vai chegar a mais cidades lusófonas.

“O estado da arte em 2016” é o nome da sessão conjunta da SPH com a European Society of Hypertension, onde vários especialistas internacionais irão discutir os últimos desenvolvimentos no tratamento da hipertensão arterial, assim como as estratégias de motivação para os doentes em tratamento e as diferenças entre os múltiplos perfis de hipertensos.

O Congresso volta a contar em 2016 com a sessão conjunta da SPH com o Working Group on Hypertension and the Brain da European Society of Hypertension e a Sociedade Portuguesa de Neurologia, centrada no tema “AVC e função cognitiva – uma realidade a ter em conta nos cuidados de saúde primários”. Destaque também para as habituais sessões conjuntas entre a SPH e sociedades afins de outros países, nomeadamente Hungria e Brasil.

A importância do diálogo entre especialistas na área do risco cardiovascular será o tema central da sessão magna da SPH com a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, onde serão discutidos vários casos clínicos.

O Simpósio do Sal, como é habitual, debate o panorama atual, avalia as implicações económicas, políticas e de saúde pública e propõem estratégias de intervenção e combate ao elevado consumo de sal no nosso país. Este ano, o Simpósio do Sal vai contar com a presença de dois convidados de grande prestígio e percursores da luta contra este fator de risco, o Prof. Fernando Pádua, fundador e presidente do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva e da Fundação Professor Fernando Pádua, e o Prof. Graham MacGregor, presidente do Consensus Action on Salt and Health (CASH) e do World Action on Salt and Health (WASH).

O Simpósio do Sal vai contar também com a presença do Prof. José Mesquita Bastos (presidente da SPH e cardiologista no Centro Hospitalar do Baixo Vouga), Prof. Luís Martins (diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga/Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira), Dr. Fernando Pinto (cardiologista neste último hospital) e Prof. Jorge Polónia (docente na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e consultor de Medicina Interna na Unidade Local de Saúde de Matosinhos/Hospital Pedro Hispano).

Decorre ainda o V Curso de Pós-Graduação em HTA e Risco Cardiovascular Global, que será constituído por quatro sessões (uma em cada dia do Congresso). Em discussão vão estar temas de atualidade nesta área: cronoterapia, avaliação da relação custo/eficácia do tratamento anti-hipertensivo, hipertensão e fibrilação auricular e como seguir um doente hipertenso. Faz também parte deste congresso o Curso de Introdução à Investigação Clínica, organizado pelo Núcleo de Internos da SPH. Esta formação divide-se em duas sessões que decorrem em dias diferentes: “Emergência versus urgência hipertensiva: como abordar”, a 25 de Fevereiro, e “Hipertensão secundária: o que modifica na prática”, no dia 27.

O encerramento do congresso está marcado para o dia 28 com a apresentação dos resultados de meta-análises recentes sobre a eficácia de diferentes classes farmacológicas de anti-hipertensores na prevenção de eventos cardiovasculares. Esta apresentação ficará a cargo do Professor Alberto Zanchetti, docente e investigador no Centro de Fisiologia Clínica e Hipertensão da Universidade de Milão, em Itália.