Provavelmente já ouviu falar sobre a osteoporose. Mas sabia que esta doença, que afeta cerca de um milhão de pessoas em Portugal, enfraquece os ossos e aumenta o risco de fraturas, principalmente em pessoas com mais de 50 anos e não apresenta sintomas nas suas fases iniciais?

Um silêncio que faz com que muitas pessoas desconheçam que sofrem deste problema até ao momento em que ocorre uma fratura, o que frequentemente resulta num atraso na procura de ajuda médica especializada.

A propósito do Dia Nacional da Osteoporose, que se assinala a 20 de outubro, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) aproveita para sublinhar que é essencial avaliar o risco de fratura, para permitir um diagnóstico precoce e garantir que são tomadas medidas adequadas para proteger a saúde óssea.

De acordo com o Dr. António Vilar, presidente da SPR, “cerca de 1 milhão de portugueses vivem atualmente com osteoporose. Um médico reumatologista pode clinicamente identificar a doença e porventura realizar exames, como a densitometria óssea, que nos permite avaliar a massa óssea e detetar precocemente a osteoporose”.

O tratamento da osteoporose é multidimensional e inclui tratamentos específicos. O objetivo principal destes é prevenir fraturas, melhorar a saúde óssea e reduzir a perda de massa óssea. “A prescrição de medicamentos, pode ser necessária para diminuir o risco de fraturas e manter a qualidade de vida dos pacientes”, acrescenta o especialista.

A alteração do estilo de vida desempenha também um papel importante no controlo da doença, recomendando-se a prática regular de exercício físico, uma dieta equilibrada rica em cálcio e vitamina D, e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco.

A osteoporose afeta predominantemente mulheres após a menopausa, mas também pode ocorrer em homens e em pessoas mais jovens, sobretudo devido a fatores genéticos, estilo de vida e condições de saúde associadas.