Alprolix é o novo medicamento usado para tratar e prevenir o sangramento em doentes com hemofilia B, um distúrbio hereditário  causado pela falta de uma proteína de coagulação chamada fator IX. E já está disponível em Portugal.

 

O laboratório Sobi acaba de disponibilizar aos doentes portugueses com hemofilia B uma nova opção terapêutica para o tratamento e prevenção de hemorragias causadas por esta doença rara hereditária: Alprolix (eftrenonacog alfa – rFIXFc). O Alprolix torna-se, assim, o primeiro e único fator IX de coagulação de vida prolongada com a tecnologia de fusão Fc para o tratamento da hemofilia B aprovado em Portugal. Este tratamento, indicado para todas as idades, oferece proteção prolongada contra episódios hemorrágicos, permitindo um esquema posológico personalizável (a cada 7 ou 10 dias, com a possibilidade de estender o intervalo para mais de 14 dias).

Em Portugal, estima-se que haja 110 pessoas com hemofilia B. Estes doentes sofrem episódios hemorrágicos que podem causar dor, danos irreversíveis às articulações e colocar em risco a sua vida. Além disso, a inflamação e o sangramento recorrente na mesma articulação acabam por se deteriorarem, por ficarem mais frágeis e propensas a novos sangramentos. As complicações mais graves são hemorragias ao nível do sistema nervoso central que podem levar à morte.

As pessoas com hemofilia B têm uma deficiência congénita da falta de fator IX, uma proteína necessária para a coagulação normal do sangue, e por isso sangram com facilidade. A substância ativa do Alprolix, o eftrenonacog alfa, é um fator de alta pureza que atua no corpo da mesma maneira que o fator IX humano, substituindo esse fator de défice.

“Esta nova opção terapêutica, desenvolvida pela Sobi, utiliza a tecnologia de fusão Fc para prolongar a vida média do FIX”. Segundo a Dra. Cristina Catarino, Assistente Hospitalar Graduada, Responsável pelo Centro de Coagulopatias Congénitas do Hospital Santa Maria, “estes concentrados irão conferir maior proteção em relação às hemorragias, aumentar a adesão ao tratamento e melhorar a qualidade de vida das pessoas com hemofilia B em todas as faixas etárias, incluindo crianças.”