A halitose – ou mau hálito – é uma patologia multifatorial com elevada prevalência na população.
Artigo da responsabilidade do Dr. Rodrigo Avelãs Cavaco
Diretor Clínico, Clínica DentalConcept – Carnaxide
Na sociedade atual atribui-se uma importância crescente à imagem pessoal e às relações interpessoais. Por esta razão, a halitose pode conduzir à diminuição da autoestima e ser, inclusivamente, um fator perturbador das atividades sociais.
CAUSAS ORAIS E NÃO ORAIS
Entre 50 a 60% da população sofre de mau hálito e mais de 75% dos casos têm uma origem oral. O mau hálito de origem oral pode ser causado por vários fatores, tais como a acumulação de placa bacteriana sobre a língua, doença periodontal, cárie dentária, doenças e ulcerações mucosas (por exemplo, aftas), respiração oral ou má higiene da boca.
As causas não orais da halitose incluem maioritariamente patologias do aparelho respiratório superior e inferior, patologias do aparelho gastrointestinal, doenças metabólicas (por exemplo, diabetes mellitus) e hábitos alimentares (jejum prolongado ou ingestão de alimentos ricos em odor).
TRATAMENTO
O tratamento da halitose de origem não oral deve ser efetuado simultaneamente com o tratamento da sua causa ou doença sistémica. Nos casos em que o mau hálito tem origem na cavidade oral, o tratamento passa pela correta escovagem dentária associada à higiene da língua, utilização do fio dentário e colutórios orais, depois de tratadas todas as causas possíveis de halitose.
Os colutórios atuais, contendo agentes antibacterianos como clorohexidina e cetilpiridínio ou agentes como acetato de zinco, parecem oferecer os melhores resultados na redução do mau hálito.
Artigo publicado na Edição de Novembro 2015 (nº 255)
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