A fisioterapeuta clínica Dra. Walkyria Fernandes explica que exercícios aeróbicos são essenciais para quem sofre com a fibromialgia, doença que afeta 3% da população, com maior incidência entre mulheres dos 30 aos 50 anos.
Muita dor e fraqueza muscular generalizada. Estes são alguns dos sintomas que as pessoas que sofrem com a fibromialgia relatam. A doença, que é uma síndrome reumática, também pode ser acompanhada por fadiga e alterações no sono, na memória e no humor. Além disso, o aumento de distúrbios digestivos também costumam ocorrer em quem tem fibromialgia. As dores provocadas pela doença chegam a ser tão incapacitantes que o paciente não consegue fazer qualquer atividade.
A cantora Lady Gaga, por exemplo, já declarou que sofre com a enfermidade, que já a impediu de se apresentar em grandes shows com o Rock In Rio.
Segundo a fisioterapeuta clínica Walkyria Fernandes, os exercícios aeróbicos são essenciais para o controle da dor de quem sofre com a doença.
Walkyria Fernandes explica que a fisioterapia não deve ser somente um meio de alívio da dor, mas também de restauração da função e de estilos de vida funcionais do paciente, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida. “Existem dois tipos de abordagem: ativa, que são os exercícios aeróbicos e de fortalecimento, e a passiva, que são as técnicas de terapia manual que o fisioterapeuta utiliza, principalmente, para pacientes em crise”, explica a especialista.
A fisioterapeuta relembra que a própria Lady Gaga viralizou nas redes sociais por fazer sessões de crioterapia antes dos shows. A técnica consiste em ficar imerso numa banheira com gelo. O gelo possui efeito vasoconstritor e analgésico, o que contribui para diminuir as dores musculares. Segundo Walkyria Fernandes, qualquer tratamento para a fibromialgia deve ter orientação de um profissional habilitado.
Os pacientes com fibromialgia, geralmente, são intolerantes à atividade física e tendem a ser mais sedentários. Mas, segundo a fisioterapeuta, o exercício aeróbico é um componente importante do tratamento. “Os exercícios ideais para quem sofre dessa síndrome são a natação, a hidroginástica, a caminhada, a corrida e a bicicleta. É preciso aumentar a frequência cardíaca e a frequência respiratória. A prática diária, de 30 a 40 minutos, é o mais indicado. Claro que o paciente em crise precisa fazer os exercícios de forma leve. A carga moderada é para quem está fora da crise. Com foco na atividade física, em oito semanas o paciente começa a experimentar uma menor intensidade nas dores”, afirma.