A osteopatia pediátrica é uma área cada vez mais conhecida e procurada em Portugal. Em países como a França, Reino Unido ou Suíça, o osteopata pediátrico segue o desenvolvimento da criança desde o nascimento, oferecendo um cuidado médico completo e total.
Artigo da responsabilidade de João Paulo dos Santos Silva, osteopata, diretor-clínico da Clínica OSTEOJP
Os pais sabem bem as dificuldades que acompanham os primeiros meses de vida: cólicas, dificuldades na amamentação, bolçar frequente e exagerado, obstipações, otites e choro prolongado fazem parte do quotidiano de muitas famílias. Por vezes, surgem outros problemas, como torcicolos, plagiocefalia, assimetrias do crânio e face. Ou ainda transtornos no sono, problemas respiratórios ou, simplesmente, agitação.
A frustração nestes meses pode ser grande, quando os sintomas continuam, afetando a vida de pais e criança, sem que haja grandes respostas. É comum os pais ouvirem “quando começar a andar passa”, em relação aos vómitos; “isso depois passa com a idade”, sobre as dificuldades no sono; “é um bebé difícil, tem a sua personalidade”, a propósito do choro prolongado. Como muitos pais infelizmente sabem, as respostas podem ainda ser piores, culpabilizando os próprios pais, que se sentem impotentes.
RESPOSTAS DIFERENTES
Para quem está de fora, leigos ou profissionais de saúde, é tudo “normal” e passa com o tempo. Entretanto, todos ficam desgastados, sendo impossível aproveitar e gozar a primeira infância dos filhos, perdida num estado de total exaustão. Por desconhecimento, os pais poucas vezes são encaminhados para um outro tipo de resposta, a osteopatia pediátrica, que tem respostas diferentes para estes problemas.
Ao nascimento, a criança é avaliada pelo pediatra. Tamanho, peso, encaixe da anca, olhos, boca, cabeça. Em termos gerais, tudo parece bem – e está, de facto. A criança é saudável. Apesar disso, podem ser vários os sintomas que afetam o bem-estar infantil.
As crianças, mesmo os recém-nascidos, sentem dor, ansiedade e stress, mas não conseguem expressar estes sintomas, a não ser pelo choro. As posições ainda dentro da barriga da mãe são úteis e necessárias ao seu desenvolvimento, mas podem provocar disfunções e assimetrias. À medida que o espaço diminui, há toda uma memória postural que fica no bebé, com pressões sucessivas. O momento do parto – qualquer tipo de parto – é muito duro, não só para a mãe, mas principalmente para a própria criança, que é empurrada, pressionada e agitada pelas contrações. Daí resultam pequenos desequilíbrios, que não são lesões graves ou visíveis, mas que causam sintomatologia. Alguns resolvem-se sozinhos, e passam com o tempo, outros continuam. A pressão exagerada do occipital, por exemplo, pode levar a dificuldades na sucção, a refluxo gástrico e bolçar excessivo.
Todas estas situações conduzem às famigeradas cólicas, que tanto afetam o bem-estar de toda a família. O diagnóstico e a intervenção precoce permitem o equilíbrio das tensões ao nível dos diferentes tecidos e da mobilidade.
Leia o artigo completo na edição de outubro 2016 (nº 265)
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