O Coaching Teen propõe aos adolescentes uma forma diferente e interativa de entendimento entre pais e filhos, para que estes atinjam os seus objetivos, quer seja a escolha profissional, a implementação de regras e rotinas, a criação de metas e propósito ou mesmo na dificuldade de comunicação e relacionamento.

 

_dsc0008Artigo da responsabilidade da Dra. Bárbara Ramos Dias, Coaching Teen/Coaching Psicodramático, BRD TEEN Oeiras

 

É fácil encontrar na sociedade alguns “adolescentes” com 30, 40 e até 50 anos. Têm  competências técnicas (matemática, gestão, informática),  mas não sabem gerir e proteger emoções, expor e não impor ideias, ou seja, filtrar stress. A idade emocional está relacionada com o facto de a pessoa não querer crescer. Não saber lidar com frustração, “chorar” quando necessário, passar pela crise e aprender com os desafios.

Ser “adolescente” é  ter receio de debater ideias, preocupar-se demasiado com a aprovação dos outros, ficar contrariado quando confrontado/criticado, não ter capacidade de resiliência, isto é, capacidade para superar dificuldades. No entanto, estes fatores educam-se , exercitando e vivenciando a mente.

VALOR DO EMPREENDEDORISMO

A vida é um risco, “errar é humano, persistir é desumano”. Os resilientes – “os crescidos” – começam tudo de novo, sabem elogiar, agradecer, reconhecer loucuras como sabedoria, reconhecendo-a e transformando-a.

Nos últimos anos, muito se tem falado de empreendedorismo;  mas afinal, porque devemos cultivar os nossos adolescentes com esta competência?

Empreendedorismo significa empreender, saber resolver uma situação desafiante, com soluções criativas. É também  agregar valor, saber identificar oportunidades e transformá-las.

O maior desafio passa por abandonar o papel de vítima e concentrar-se no papel de lutador, acreditar que pode ser uma pessoa de sucesso, ter uma atitude empreendedora.

O empreendedorismo desenvolve capacidades, habilidades e atitudes pessoais, que não estando apenas ligadas à criação do próprio negócio, ajudam no relacionamento pessoal, na atitude intraempreendedora e na capacidade de saber superar desafios e alcançar objetivos.

INTERVIR PRECOCEMENTE

A maioria dos adolescentes que chegam ao consultório encontram-se “perdidos”, não sabem “quem são”, “o que querem ser”, nem o que querem fazer no futuro, o seu objetivo é identificar objetivos.  Entra aqui, então, a aprendizagem da atitude empreendedora, que passa pela comunicação verbal e não verbal, inteligência emocional, gestão de tempo e prioridades, capacidade de iniciativa, motivação, autoconfiança, trabalho em equipa e capacidade criativa para resolução de desafios diários.

Encontramos num adolescente empreendedor características como: um indivíduo que não espera que as coisas aconteçam, mas sim uma pessoa proativa, ou seja, que faz as coisas acontecerem. Um empreendedor está altamente motivado, tem boas ideias e sabe como implementá-las de forma a alcançar os seus objetivos. É  alguém que não tem medo de iniciar projetos de forma arrojada, que tem capacidade de liderança, compromisso, planeamento e facilidade no trabalhar em equipa.

A ter sempre presente: o empreendedor sabe que um fracasso é apenas uma oportunidade de aprender a ser melhor, não se deixa entristecer com isso, tendo  capacidade para lidar com frustração.

Portanto, faz todo o sentido intervir precocemente – desde a infância – perante todas estas habilidades e atitudes, dotando os adolescentes de ferramentas que os façam refletir, vivenciar e aprender a identificar os seus objetivos, bem como a terem um conjunto de atitudes válidas com impacto positivo na sociedade.

Leia o artigo completo na edição de dezembro 2016 (nº 267)