Esta sexta-feira assinala-se o Dia Mundial dos Avós (26 de julho), uma data especial em que celebramos os nossos avós por tudo o que fazem por quem mais amam. A propósito desta data relembramos a importância da audição para criar e manter os laços afetivos entre avós e netos.
Os avós são um dos pilares da família e o elo que estabelecemos com eles tem um papel significativo nas nossas vidas. Sendo o avanço da idade um fator de risco para perda auditiva, é fundamental saber como podemos ajudar os nossos avós a proteger a sua audição.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo vivem com perda auditiva (aproximadamente 20% da população global), das quais 430 milhões têm perda auditiva incapacitante.
A presbiacusia, perda progressiva de audição relacionada com a idade, é muito frequente nos idosos e pode afetar de forma negativa a sua qualidade de vida, nomeadamente a ligação afetiva com os netos. Por isso, devemos aconselhar e ajudar os nossos avós a ter alguns cuidados:
- Quando estiver exposto a níveis sonoros acima dos 85 decibéis (db), use tampões de ouvido ou protetores auditivos em ambientes ruidosos de forma a reduzir o nível de exposição ao ruído;
- Reduza o volume dos auscultadores, tendo como níveis de referência valores entre os 60 e os 85 db;
- Seque cuidadosamente os seus ouvidos com uma toalha depois de um duche, mergulho ou outra atividade dentro de água;
- Não limpe os ouvidos com cotonetes;
- Use chapéus ou protetores auriculares durante o inverno, evitando assim a probabilidade de crescerem ossos no canal auditivo para bloquear o frio (exostose);
- Mantenha os auscultadores limpos, assim como os aparelhos auditivos se já os usar;
- Esteja atento aos primeiros sinais de perda auditiva, como dificuldades em perceber a fala, pedir várias vezes para repetir o que foi dito, aumentar o som da televisão, estar mais desatento ou ficar mais cansado após um convívio social.
De acordo com a audiologista Marta Gomes, “as pessoas com perda de audição provocada pelo envelhecimento, se não forem reabilitadas, estão mais expostas a uma velocidade de declínio cognitivo de 30 a 40% mais rápida do que uma pessoa com audição normal, o que pode levar a um aumento em 24% do risco de perdas de competências cognitivas, tais como a concentração, a memória e o planeamento. Consequentemente, aumentam a probabilidade de vir a desenvolver demência. A melhor forma de cuidarmos da nossa audição e daqueles que mais gostamos é através da prevenção.”
A prevenção passa por fazer rastreios auditivos anualmente a partir dos 55 anos e por procurar ajuda de um especialista, assim que começar a sentir os primeiros sinais de perda auditiva.
Fonte: Widex