No dia 4 de setembro, assinala-se pela segunda vez o Dia Nacional da Saúde Sexual, uma data que serve para assinalar que a saúde sexual pressupõe a garantia de direitos sexuais protegidos como direitos humanos na legislação internacional e europeia.

Segundo a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, as questões de saúde sexual e reprodutiva são responsáveis por um terço dos problemas de saúde das mulheres entre os 15 e os 44 anos e, neste contexto, a oferta de serviços de saúde de qualidade em várias áreas, como a da contraceção, é fundamental para que as mulheres vivam a sua vida sexual de forma satisfatória, sem contraírem doenças ou estarem sujeitas a gravidezes indesejadas, por exemplo.

O Dia Nacional da Saúde Sexual serve também para recordar que há 4 conselhos essenciais para proteger a saúde sexual de todos, em particular das mulheres, que continuam a ser o género mais vulnerável no que diz respeito aos direitos sexuais:

  1. Saúde sexual pressupõe consentimento

A saúde sexual exige que as relações sexuais seja consensuais. Este é o princípio de saúde sexual mais universal, pelo que a não existência de consentimento é considerada violação ou abuso e é punível por lei.

2. A contraceção deve ser aconselhada por um profissional de saúde

Os métodos contracetivos trouxeram maior liberdade sexual e empoderamento às mulheres, permitindo-lhes planear a gravidez em função do seu projeto de vida. É essencial consultar um profissional de saúde e discutir os riscos e benefícios das diferentes opções contracetivas, de modo a que a decisão seja para o contracetivo mais adequado aos objetivos e estado de saúde de cada mulher.

No site https://www.descomplica.pt/ é possível encontrar informação sobre todos os métodos contracetivos existentes no mercado e exemplos de perguntas que devem ser feitas na consulta médica para escolher o método mais adequado.

3. As infeções devem ser tratadas adequadamente

As infeções vaginais podem ser frequentes na vida das mulheres e causam um grande desconforto. Porém, se forem diagnosticadas atempada e adequadamente, é possível tratá-las.

4. Os rastreios devem ser feitos com regularidade

Quer as doenças sexualmente transmissíveis (como o VIH/sida ou a hepatite B, entre outras) quer doenças oncológicas com impacto na vida sexual devem ser rastreadas, mesmo quando a mulher já ultrapassou o seu período fértil. Exames como o papanicolau, mamografias e ecografias pélvicas devem ser realizadas regularmente e de acordo com as recomendações do médico assistente, para que em caso de suspeita de neoplasia, esta possa ser tratada o mais precocemente possível.

Fonte: Bayer