De que forma pode evitar doenças de origem alimentar? E relativamente aos suplementos alimentares, sabe na verdade o que são e para que servem? ASAE e a EFSA ajudam a desmistificar alguns dos receios e dúvidas quanto à nossa alimentação através da campanha #EUChooseSafeFood.

Celebramos, no próximo dia 16 de outubro, o Dia Mundial da Alimentação e, com o objetivo de tornar a população mais confiante e segura na sua alimentação, a ASAE e a EFSA juntaram-se para a segunda edição da campanha #EUChooseSafeFood, onde partilham os segredos de uma alimentação mais segura.

Ajudar os consumidores a tomar decisões informadas sobre as escolhas alimentares diárias é o objetivo da campanha que, em toda a União Europeia, oferece informação prática e acessível para todos os consumidores. Se quer sentir-se mais seguro na sua alimentação, saiba como pode evitar doenças de origem alimentar, que regras de higiene alimentar deve seguir e em que situações se deve recorrer a suplementos alimentares e com que propósitos.

Seguir as regras básicas de higiene durante a preparação de alimentos ajuda a prevenir doenças de origem alimentar

A ciência é crucial quando se trata de garantir que os alimentos no seu prato são seguros para comer. Do campo à quinta, e da fábrica à mesa, os cientistas de toda a Europa estudam os potenciais riscos alimentares para se certificarem de que o que quer que opte por comer é seguro – mas nem tudo depende deles.

A maioria dos casos de doenças transmitidas por alimentos são causadas por bactérias de alimentos crus que entraram em contacto com alimentos prontos a consumir. A salmonela, por exemplo, é um tipo de bactéria que pode causar uma doença chamada salmonelose e é uma causa comum de surtos de doenças de origem alimentar, com mais de 91.000 casos de salmonelose na Europa comunicados por ano.

“Em casa, pode ajudar a prevenir a infeção por Salmonela (e outras doenças de origem alimentar), cozinhando adequadamente os ovos e a carne. Seguir as regras básicas de higiene ao preparar alimentos, tais como lavar regularmente as mãos e manter os alimentos crus longe de produtos cozinhados também reduzirá os riscos de doenças de origem alimentar”, explica Filipa Melo de Vasconcelos, subinspetora-Geral da ASAE.

Alimentos não seguros contendo bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas prejudiciais podem causar mais de 200 doenças diferentes – desde diarreias a cancros, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Existem, porém, algumas ações que podemos fazer em casa, no âmbito da higiene e segurança alimentar, para nos impedir de adoecer: manter tudo limpo, separar crus de cozinhados, cozinhar os alimentos completamente, manter os alimentos a temperaturas seguras, descongelá-los no frigorífico, e utilizar sempre água potável e matérias-primas seguras.

Suplementos alimentares: para que servem e quem os deve tomar?

Os suplementos alimentares contêm ingredientes como vitaminas, minerais, aminoácidos, enzimas e extratos de ervas, que são tomados sob a forma de comprimidos, cápsulas, pós e líquidos. Podem ser adquiridos sem receita médica em farmácias, supermercados, lojas especializadas e na internet. Alguns suplementos alimentares comuns incluem vitamina D, equinácea, óleo de peixe e cálcio.

Alguns suplementos acrescentam nutrientes e vitaminas que podem não ser consumidos em quantidade suficiente na dieta média habitual. Outros podem contribuir para reduzir o fator de risco de uma doença. Podem ser utilizados para manter a saúde geral, apoiar o desempenho mental e desportivo ou fortalecer o sistema imunitário, mas importa esclarecer que não são medicamentos e a sua utilização não se destina a tratar ou prevenir doenças.

Os suplementos estão disponíveis numa variedade de doses e em diferentes combinações. E determinados grupos populacionais que correm maior risco de certas deficiências nutricionais podem beneficiar dos suplementos alimentares, como por exemplo mulheres grávidas ou que podem engravidar, bebés, pessoas com exposição insuficiente ao sol, ou veganos.

Contudo, não devem ser considerados como um substituto de uma dieta saudável equilibrada. Na verdade, a maioria das pessoas não precisa de suplementos alimentares, uma vez que dietas equilibradas fornecem os nutrientes de que necessitam, exceto quanto à vitamina D, se a sua exposição ao sol for limitada. Para os nossos corpos funcionarem só é necessária uma determinada quantidade de cada nutriente e quantidades mais elevadas não são necessariamente melhores. Na verdade, em doses elevadas, algumas substâncias podem ter efeitos adversos e até tornarem-se nocivas.

“Esta nova campanha, em parceria com a EFSA, visa capacitar os consumidores com informação que permita dar-lhes confiança nas escolhas saudáveis para si próprios e para as suas famílias, onde quer que se encontrem na Europa”, conta a subinspetora-Geral da ASAE, adicionando que “acreditamos que a #EUChooseSafeFood irá reforçar positivamente a confiança dos consumidores no sistema global de segurança alimentar da UE, que é apoiado por evidência científica e, como tal, a geografia alimentar mais segura do mundo”.

Embora muitos suplementos alimentares tenham uma longa história de utilização na Europa, existem algumas preocupações quanto à segurança e qualidade de alguns deles. Estas incluem o risco de contaminação química ou microbiológica e a necessidade de garantir que as concentrações de agentes bioativos estão dentro dos limites de segurança.

Se esta é uma das suas preocupações, a primeira coisa que precisa de saber é que a EFSA fornece pareceres científicos sobre a segurança de uma substância se esta se destinar a ser utilizada num suplemento alimentar e não tiver um histórico de utilização segura na UE antes de 1997, ou se um Estado-Membro solicitar uma avaliação.

Se tem dúvidas quanto à sua segurança alimentar, ou se ficou curioso e quer descobrir mais sobre este tópico, visite o website oficial da campanha #EUChooseSafeFood